Sisu especial na UFV
Para ocupar as vagas ociosas nas universidades federais do país, o Ministério da Educação (MEC) cogita criar o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) especial. Caso haja adesão de todas as instituições públicas de ensino superior, podem existir mais de 150 mil vagas disponíveis. Em 2013, na Universidade Federal de Viçosa, das mais de 2 mil vagas ofertadas, 502 foram abandonadas.
Segundo a assessoria especial da Pró-Reitoria de Ensino da UFV, caso o Sisu especial entre no ar, a instituição é favorável à possibilidade de oferecer as vagas ociosas por meio do sistema. Caso o novo sistema não seja implantado pelo Mec, a universidade pensa em realizar um processo seletivo independente.
A UFV já teve um processo seletivo de vagas ociosas, separado da seleção dos novos alunos. As vagas poderiam ser preenchidas para mudança de curso, por transferência entre campi da UFV e de outras instituições, por portador de diploma de curso de graduação e por rematrícula. No entanto, desde 2013, o número de vagas remanescentes da instituição passou a ser acrescido ao número de vagas que são oferecidas aos novos estudantes.
Embora os cursos de licenciatura apareçam entre aqueles com maior índice de ociosidade, as cadeiras vazias ocorrem até mesmo em graduações disputadas. Desde que o curso de medicina foi implantado na UFV, em 2010, a média é de 25% de vagas ociosas.
Seleção
No dia 17, quarta-feira, o Mec se reuniu com representantes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para definir os critérios da seleção. Além da nota do Enem, para os casos de alunos que queiram migrar de instituições privadas para públicas, deve ser levado em conta o desempenho acadêmico do candidato, a avaliação do curso no qual ele está matriculado. A região onde mora o candidato também pode ser um critério de admissão. Se ainda restarem vagas a ideia é abrir o sistema a pessoas já graduadas que estão em busca de um segundo diploma.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, adiantou que o novo Sisu será acompanhado de mudança no repasse de recursos para as universidades. “Queremos todas essas vagas preenchidas com um critério transparente, republicano e meritocrático de acesso. Para isso, vamos mudar o mecanismo de repasse de verba para as instituições federais. O MEC não repassará recurso por vaga, mas sim por matrícula efetivamente realizada”, afirmou.
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