Qual será o destino da linha férrea?
A Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) esteve em Viçosa, na manhã desta segunda-feira, 3, para uma Audiência Pú-blica acontecida no Salão Nobre do Centro Administrativo Prefeito Antônio Chequer, onde debateram a retomada da malha ferroviária abandonada em Minas Gerais, inclusive a de Viçosa, a aplicação dos recursos originados das multas, em torno de R$ 600 milhões, que deverão ser pagas pela Cia. Vale do Rio Doce e destinadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Ferroviário criado pela Medida Provisória 0845/18.
Entre as demandas apresentadas para a destinação dos recursos das multas estão a reforma de estações antigas atualmente abandonadas; a restauração de trens e a implantação de trechos turísticos; a recuperação de malha abandonada pelas concessionárias; a suspensão de leilões de novos trechos ferroviários e a revisão dos projetos do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) do Programa Avança Brasil.
O que não ficou claro para a população viçosense é se a comunidade, algum dia, poderá usufruir do trecho urbano da ferrovia, já que os espertalhões estão tomando posse dela, construindo prédios como o da foto acima, nas barbas das autoridades, que aqui estiveram ou vivem e nada fazem para impedir. Lembrando que o leito da ferrovia, em seu trecho urbano, se inicia no Centev (no distrito de Silvestre), corta todo o centro da cidade e passa pelo campus da UFV, onde se poderiam construir avenidas, ciclovias, calçadas e por onde poderia trafegar veículos de transporte público, tais como ônibus e pequenos vagões. Isso sem falar das muitas ocupações na margem da linha férrea na rua Sebastião Lopes de Carvalho, onde vultosas quantias de alugueis são embolsadas pelos que ali ergueram sorrateiramente construções que de improvisadas não têm nada.
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