Estelionatários usam hospitais para aplicar golpe

Estelionatários usam hospitais para aplicar golpe

Durante a semana passada, estelionatários que se aproveitam da fragilidade de pessoas que têm parentes internados em estado grave, voltaram a tentar agir em Viçosa. O golpe, que já é conhecido, mas continua a fazer vítimas, é aplicado da seguinte forma: fingindo ser funcionário dos hospitais, bandidos ligam para o familiar dizendo que o paciente internado necessita de um exame emergencial que não é custeado pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou pelo Plano de Saúde do paciente, e informam que para a realização do exame, o hospital exige o depósito de uma quantia prévia em dinheiro. Pressionado pelas circunstâncias do momento, a vítima deposita a quantia na conta indicada, que logicamente é do bandido.
O HSJB (Hospital São João Batista) registrou um caso desses, na semana passada, que acabou não sendo concluído porque a vítima depositou o dinheiro na conta errada, e teve restituído o valor. Ao saber do que estava ocorrendo, o hospital divulgou nota para alertar a comunidade e coibir a prática criminosa. A divulgação alerta que nos casos em que a família do paciente deve pagar alguma taxa ao hospital, o processo é todo realizado no setor financeiro da instituição, com expedição de recibos e notas fiscais. Informa ainda que nunca realizam ligações com números restritos ou não identificados.
Assim, familiares de pacientes que receberem ligações dessa natureza, devem fazer contato com o hospital e informar o que está ocorrendo antes de fazer qualquer tipo de depósito. Também deve anotar o número da conta passada pelo estelionatário e passá-lo para a Polícia Civil.
Fontes pesquisadas pelo jornal Folha da Mata afirmaram que a obtenção das informações do pacientes internados nos hospitais se dá por meio da central de regulação de leitos e não dentro dos hospitais, como pode parecer.
As autoridades afirmam que na maioria dos casos as ligações partem de números de DDD distantes da cidade onde o paciente está internado o que, por si só, já é um sinal de alerta de fraude. Muitas das ligações são feitas do Rio de Janeiro e Mato Grosso.