Dez anos de Vijazz & Blues Festival

Jazz, blues, músicos renomados inspirados, músicos locais inspirados, famílias inteiras, estudantes, ambiente agradável e UFV em clima de 90 anos foram algumas das marcas das 10ª edição do Vijazz & Blues Festival, realizado em Viçosa, no último final de semana, 28 e 29, nas Quatro Pilastras da UFV. O festival cresceu junto a outros do segmento. Além de Viçosa, a décima edição passou por Belo Horizonte, Juiz de Fora e Ponte Nova. Em viçosa se apresentaram Perifonia, Trio Arteria e convidados, Dudu Lima convida Marcos Ariel e Deanna Bogart. No domingo foi a vez de Nilton Santiago e Banda, Daniel Granjaew e Adriano Gringberg que convidou Ana Canãs.
O evento teve sua memorável edição inaugural, no espaço Multiuso UFV em 2006, quando Stanley Jordan deixou centenas de viçosenses boquiabertos e perplexos, pela sua habilidade com a guitarra. Desse momento em diante, dezenas de referências do jazz and blues internacional estiveram em Viçosa e, em outras cidades mineiras.
Ano a ano, o festival faz alusão a um dos instrumentos base do jazz e do blues e, tematiza sua edição. Em 2016, a menção foi às teclas, apresentadas ao público por Leo Marota, Marcos Ariel, Deanna Bogart, Héder Gonçalves, Daniel Granjaew e Adriano Gringberg que fizeram o dever de casa ao apresentarem virtuosismo, versatilidade atrelados ao elevado nível de qualidade técnica. Outro fator destacado foi a exibição de números da música popular brasileiro, em versões jazzística.
As participações femininas foram um show à parte. As consagradas Deanna Bogart e Ana Canãs assinaram duas performances arrasadoras. A americana só não vez chover. Cantou, tocou piano e saxofone com maestria e ao final, levando o público ao êxtase foi pra galera. Ana Canãs também protagonizou um capítulo à parte nos anais do Festival. Com uma voz marcante, a convite de Adriano Gringberg, apresentou um repertório em que constou Led Zeppelin, Cazuza, Nando Reis e outra memoráveis internacionais e nacionais.
Já as viçosenses Carla Sceno e Karine Kaifa proporcionaram a reflexão de que a cidade tem potencial para lançar no cenário musical brasileiro, outras mulheres, como os casos de Aline Calixto e Verônica Bonfim que hoje possuem trabalhos consistentes, no meio profissional.