Venda de material escolar aquece o comércio
Apesar das férias escolares, no começo do ano muitos pais já começam a correria das compras de material escolar para o ano letivo. Desde o ano passado, as escolas estão proibidas, por lei federal, de cobrar dos pais a compra de qualquer material de uso coletivo. O projeto que deu origem à norma, PLC 126/2011, do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), foi aprovado no Senado em outubro de 2013. De acordo com a Lei 12.886/2013, o custo com materiais como papel sulfite, giz, produtos de higiene e copos descartáveis, devem ser incluídos nas taxas já existentes, não podendo ser cobrado pagamento adicional ou seu fornecimento pelos pais. A escola só poderá requerer materiais utilizados para as atividades pedagógicas diárias do aluno - como lápis, caneta, borracha, caderno, tinta guache, entre outros – em quantidade coerente com o praticado, sem determinação de marca ou de estabelecimentos.
Até o fim deste mês, quando as aulas da maioria das escolas começam, as vendas de material escolar devem aquecer o comércio. As principais papelarias de Viçosa já registram um movimento maior de consumidores em busca do melhor preço. E para saber como andam os valores desses produtos na cidade, o jornal Folha da Mata teve acesso a uma lista de material escolar de um colégio particular de Viçosa. Para o ensino infantil, os valores giram em torno de R$ 110. Já para o Ensino Fundamental, cuja lista inclui, ainda, livros didáticos de todas as disciplinas, esse valor sobe para quase R$ 650. Para o Ensino Médio, que também inclui livros didáticos, em maior quantidade que o Ensino Fundamental, o consumidor vai pagar, em média, R$ 1.440.
Saiba como economizar na hora da compra
Para quem tem filhos, um dos maiores gastos no início do ano é com a compra do material escolar. Mas, devido à falta de educação financeira, as despesas se acumulam e as famílias se perdem em meio a tantas contas para pagar, muitas vezes, ultrapassando o limite de seu orçamento financeiro.
Segundo Reinaldo Domingos, educador e terapeuta financeiro, presidente da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, a maior dúvida dos pais na hora de comprar material escolar para seus filhos é como economizar sem ter que abrir mão dos itens que as crianças necessitam. Ele recomenda que os pais pensem o quanto precisam trabalhar para conseguir o seu salário. A partir daí, fica fácil valorizar esse dinheiro, aprendendo a pesquisar preço e, principalmente, a negociar os valores das compras.
Então, aconselha, o primeiro passo é realizar um diagnóstico da vida financeira da família, para saber exatamente quais são os ganhos e gastos mensais e de quanto poderá dispor para a aquisição do material escolar. É fundamental ir às compras com antecedência para não precisar ser obrigado a pagar mais caro na última hora. Elaboramos algumas orientações sobre o assunto. São elas:
1. Procure conversar com outros pais e tentar fazer a compra em conjunto, pois, assim, a probabilidade de conseguir preços menores aumenta;
2. Junte o material escolar do ano anterior e veja a possibilidade de reutilizá-los. É possível ainda reaproveitar livros didáticos do filho mais velho para o mais novo, se for o caso. Se não der, faça uma boa ação e doe o material para crianças ou jovens de famílias que não possuem condições de comprá-los;
3. Faça uma lista do que se precisa comprar, para não se perder e acabar rendendo-se aos impulsos consumistas, deixando de economizar;
4. Converse com os filhos antes de sair às compras, explicando a situação em que a família se encontra e quanto poderão gastar com os materiais. Caso contrário, será muito fácil ceder aos desejos deles e, com isso, gastar mais do que o planejado;
5. Quando estiver na loja, seja sincero e explique ao vendedor de forma clara o que você precisa, buscando sempre a melhor opção de pagamento. Sempre pergunte quanto aquele produto custa à vista? Isso proporcionará bons descontos. Se tiver que pagar a prazo, veja se as parcelas caberão no orçamento mensal.
Comprar materiais escolares requer cuidados, mas o investimento vale à pena, pois é o que dará a base necessária para os estudos. Preocupar-se em economizar sem deixar de proporcionar o que a família precisa faz parte do processo de educação financeira. Passe esses ensinamentos aos pequenos, pois, se aprenderem agora, se tornarão adultos mais conscientes e saudáveis financeiramente. Boas festas e bom início de ano a todos!
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