UFV recebe patente de achocolato específico para nutrição esportiva

Com este produto desenvolvido no laboratório da universidade, a instituição conquista sua 24ª patente

UFV recebe patente de achocolato específico para nutrição esportiva

A UFV celebra mais uma patente concedida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Desta vez, a concessão foi para uma bebida achocolatada suplementada contendo L-Leucina, um aminoácido, que, dentre outras funções, ajuda a estimular o desenvolvimento muscular. A bebida é ideal para acelerar a velocidade de recuperação energética e estrutural após atividade física de alta intensidade, como o futebol.

O produto foi desenhado especificamente para acelerar a recuperação dos estoques de carboidratos (CHO), recuperar a síntese de proteína muscular e melhorar a hidratação corporal após o exercício. Como resultado complementar oferece ainda melhor resposta imunológica e de combate aos antioxidantes.   

A bebida achocolatada foi totalmente desenvolvida no Laboratório de Performance Humana (Lapeh), coordenado pelo professor João Carlos Bouzas Marins e vinculado ao Departamento de Educação Física, do campus Viçosa.

Ela é resultado de um estudo defendido por Cristiano Diniz da Silva no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Cristiano é ex-estudante de graduação, de especialização e de mestrado na UFV, onde foi orientado pelo professor Bouzas, que também atuou na orientação de seu doutorado. O estudo se soma a outros voltados para a nutrição esportiva.

PATENTE

A concessão da patente, cujo depósito do pedido havia sido feito em 2016, representa, na avaliação de Bouzas, a valorização do trabalho de investigação conduzido há anos na UFV dentro da temática de nutrição esportiva. Sua expectativa agora é “estabelecer parcerias com empresas privadas para a possível comercialização do produto e seguir no desenvolvimento de outros a serem ofertados aos praticantes de atividade física, de forma específica para o antes, durante e depois do exercício”. O coordenador do Lapeh lembra que os estudos desenvolvidos no laboratório têm parceria com os departamentos de Nutrição e de Tecnologia de Alimentos.

Bouzas destaca ainda o papel do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) da UFV no processo de patenteamento. “É um trâmite longo, com uma série de etapas burocráticas, em que é necessário contar com um grupo de trabalho especializado sobre o tema para que se consiga chegar à etapa final de registro”. Com esta concessão pelo INPI, a UFV acumula 24 patentes nacionais concedidas em 2021.