Prefeitura recebe Centro de Zoonoses

O complexo que abrigará o Centro de Zoonose, em breve, poderá estar atendendo ao seu objetivo

Prefeitura recebe Centro de Zoonoses

O complexo físico do Centro de Zoonoses, com sede na Colônia Vaz de Melo, finalmente foi recebido pela Prefeitura. Na tarde de quarta-feira (7), o secretário de Obras e Serviços Urbanos da Prefeitura, José de Arimathea Silveira Marques, recebeu as chaves e assinou o termo de aceite junto à empreiteira Construtora Russi, representada pelo seu responsável, Roni Aranda Valente, que passou a informação. 

A Cemig (Centrais Elétricas de Minas Gerais), também já providenciou a ligação do padrão de energia e o local está pronto para entrar em funcionamento, data que ainda será definida pela Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo setor.

O Secretário de Saúde, Rainério Rodrigues Fontes, informou que, após a Secretaria de Obras repassar o imóvel para a responsabilidade de sua pasta, vai providenciar imediatamente o mobiliário, câmaras de monitoramento e outros itens para receber os equipamentos e pessoal necessários para o órgão entrar em funcionamento.

Apesar de ainda não ter uma data definida para entrar em funcionamento, a chefe do DVS (Departamento de Vigilância em Saúde), Lilian Souza, informou que a equipe, de 45 pessoas, que vai atuar na unidade já está composta e executa as ações pertinentes àquela unidade há muito tempo, promovendo o controle e vigilância de zoonoses no Município. A única novidade é que o centro das operações passará a ser no novo endereço.

Lilian lembra que às atividades que serão realizadas no espaço foram traçadas antes da execução da obra e enviadas junto ao projeto arquitetônico à Superintendência de Vigilância Sanitária, em 2019. Entre os objetivos, constam a realizações de ações, atividades e estratégias -de relevância para a saúde pública - de vigilância de animais; e prevenção de zoonoses. Assim, o local será destinado, exclusivamente, a ações educativas e ações de fiscalização, monitoramento e controle de vetores (animais que transmitem doenças) da raiva, varíola do macaco, febre maculosa e outras doenças que podem ser transmitidas ao homem.

Outra informação importante da chefe do DVS sobre ações da unidade é que, a partir da entrada em funcionamento, as vísceras e encéfalos de animais encontrados mortos serão retirados no local e enviado diretamente para exames no laboratório de referência do Estado, o que vai agilizar o resultado de que aqueles animais morreram em consequência ou não de alguma doença transmissível ao homem. Antes, toda a carcaça dos animais era enviada ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Belo Horizonte para a retirada do material e posterior envio ao laboratório. 

Lilian reiterou que a unidade não é voltada para a vigilância e controle só de animais domésticos como cães e gatos. Sobre esses, a exemplo do que já é feito, sempre que houver casos suspeitos, o animal será recolhido e analisado por profissionais. Após os procedimentos e constatado a saúde do animal (quando se trata de animais de rua), ele será colocado em um compartimento destinado à doação e, após um período determinado, se não aparecer interessados, ele será devolvido ao local de origem. Em síntese, o local não abrigará canil e nem gatil e nem funcionará como clínica veterinária. No local, não haverá guarda permanente de animais e nem serão realizados procedimentos clínicos ou cirúrgicos, como, no caso a castração.

Sobre o pleno funcionamento do complexo, Lilian disse que, se for pertinentes, futuras parcerias serão fechadas com ongs e entidades voltadas para a proteção dos animais e, essencialmente, instituições de ensino superior - que poderão arregimentar profissionais formados ou em formação em cursos afins (veterinária e outros), que utilizarão a unidade para aprimorar seus conhecimentos e, até, desenvolver trabalhos científicos – e outras ações poderão ser acrescentadas aos objetivos iniciais do complexo.

PARA LEMBRAR

No dia 10 de março de 2020, o então prefeito, Ângelo Chequer, assinou a ordem de serviço para execução de obra de construção do Centro de Zoonoses de Viçosa. A unidade teria por finalidade realizar ações e estratégias referentes à vigilância, à prevenção e ao controle de zoonoses de forma contínua e sistemática, constando de sede administrativa, salas de castração, vacinação, eutanásia e necropsia, além de canis coletivos, individuais e de adoção e depósitos para ração, materiais de limpeza e outros suprimentos.

O custo inicial da obra foi estimado em R$637.729,37 (seiscentos trinta e sete mil, setecentos e vinte e nove reais e reais e trinta e sete centavos). Desses, R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente; R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) de emenda do senador Antônio Anastasia; e R$267.729,37 (duzentos e sessenta e sete mil e setecentos e vinte e nove mil reais e trinta e sete centavos) de recursos próprios do Município. 

Na época, a Secretaria de Saúde até definiu um protocolo básico para funcionamento do Centro, que seja, acolher animais recolhidos da rua, apreendidos pelos órgãos competentes e resgatados de situações de maus tratos. Pelo documento, todos passarão por um período de observação de 10 dias em baias individuais. Nesse período, passarão por exames veterinários e receberão o tratamento necessário. 

Os que se encontrarem sadios serão transferidos para baias coletivas, onde podem permanecer por até 3 meses. Nesse período, os animais serão castrados e microchipados. Na sequência, serão realocados nos canis de adoção, aberto a visitações. O animal sadio, castrado e microchipado que não for adotado em 3 meses será devolvido às ruas para que outros animais possam receber o mesmo tratamento.