Período chuvoso aumenta o risco de transmissão da leptospirose
O contato da população com as águas das enchentes pode levar à contaminação por doença transmitida por ratos, a leptospirose
Com a chegada do período de chuvas, que compreende os primeiros três meses do ano, é preciso ficar atento a uma doença muito comum nesta época: a leptospirose. Para se ter uma ideia, entre 2011 e 2015 o número de amostras reagentes analisadas pelo Serviço de Doenças Bacterianas e Fúngicas da Fundação Ezequiel Dias (Funed) foi 103% maior no primeiro trimestre do ano, se comparado ao último trimestre do ano anterior.
Durante as chuvas, a urina de roedores, presente nos esgotos e bueiros, mistura-se à enxurrada e à lama. Qualquer pessoa que tiver contato com a água ou lama pode infectar-se.
A doença é causada por uma bactéria chamada Leptospira e está presente também na urina de outros animais como bois, porcos, cavalos, cabras, ovelhas e cães. Estes animais também podem adoecer e, eventualmente, transmitir a leptospirose ao homem. As Leptospiras penetram no corpo pela pele, principalmente por arranhões ou ferimentos, e também pela pele íntegra, imersa por longos períodos na água ou lama contaminada.
Segundo a Secretaria de Saúde de Viçosa, de 2010 a 2015, a cidade recebeu seis notificações da doença. No entanto, nem todos os casos foram confirmados.
Embora Viçosa não apresente grande incidência da doença, os moradores devem ficar atentos ao entrar em contato com as enxurradas e lama provenientes das chuvas que ocorrem na cidade, desde o dia 11 de janeiro.
Os sintomas clássicos da doença são febre alta que começa de repente, mal-estar, dor muscular especialmente na panturrilha, dor de cabeça e no tórax, olhos vermelhos, tosse, cansaço, calafrios, náuseas, diarreia, desidratação e manchas vermelhas no corpo.
De forma geral as principais medidas de prevenção e controle da doença são controle da população de roedores, redução do risco de exposição às águas e lama de enchentes, medidas de proteção individual para trabalhadores ou indivíduos expostos a situação de risco, como o uso de luvas e botas; conservação adequada de água e alimentos; armazenamento e destinação adequados do lixo.
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