Paróquia de Fátima completou 40 anos

Pe. Geraldo Paiva, arcebispo D. Oscar de Oliveira e Pe. Carlos dos Reis Baêta

Paróquia de Fátima completou 40 anos

A Paróquia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, de Viçosa, completou na terça-feira última, 13, 40 anos, festejados com a tradicional procissão da Padroeira acompanhada de crianças caracterizadas como os três pastorinhos, com trajes típicos portugueses, pelas ruas do bairro de Fátima e missa solene festiva na Igreja Matriz, na praça José Sant'Anna, com numerosa presença de fieis.
Instituída no paroquiato do Pe. Carlos dos Reis Baêta Braga, com o apoio de grandes líderes leigos como Antônio Lopes Fontes, Jacinto Teófilo de Paula, Paulo Lopes da Mota, João Lopes Fontes, Joaquim Firmino e Zezito de Barros, a Paróquia de Nossa Senhora, atualmente sob a direção do Cônego Lauro Sérgio Versiani, teve como primeiro pároco o viçosense Pe. Geraldo Martins Paiva, nascido em 8/8/1925 e falecido a 26/8/2001. Ex-vigário cooperador entre 1959 e 1964 na Paróquia de Santa Rita, Pe. Geraldo Paiva foi sucedido primeiramente pelo Cônego Geraldo Francisco Leocádio, e depois pelos padres Tarcísio Sebastião Moreira e Wander Torres Costa, recentemente transferido para Ponte Nova.
O terreno onde se encontra a Matriz de Fátima, na praça José Sant’Anna, foi doado pela família Fontes. Empossado ali a 15/6/1975, coube ao Pe. Geraldo Paiva a tarefa de liderar uma campanha gigantesca junto ao seu fiel rebanho para que fosse feita a terraplanagem da área onde, com armação feita de eucalipto e de bambu e revestimento de folhas de coqueiro, foi construída a primeira versão da Igreja Matriz, com 800m² de área útil para acolher mais de mil pessoas.
Simpatia, dedicação e capacidade de trabalho foram alguns dos atributos do Pe. Geraldo, na foto, com Pe. Carlos e Dom Oscar de Oliveira, na sagração da Igreja Matriz. A cronista Norah (Cirene Ferreira Alves) em seu livro Páginas para Serem Lembradas ressalta, dentre outros aspectos do saudoso sacerdote, o fato de ele só saber “distribuir bondade, compreensão, entendimento. Palavras medidas, e poucas, ouvidos abertos para as queixas, recursos vários para ajudar a alguém que esteja meio tonto no meio do caminho; mão estendida a quem dele solicitar e, às vezes, de pronto, até sem solicitação, ele se achega daquele que precisa, diz algumas poucas palavras sensatas, coloca ternamente a mão sobre a cabeça do indeciso, e seu ‘vai em paz, Deus está com você’, passa uma paz tão grande, dá uma certeza tamanha, que o indeciso sente a força divina, apruma a cabeça pendida, sorri para o amanhã, e acredita” […] Num bairro grande, afastado, construiu a Matriz de Nossa Senhora de Fátima, nome do bairro que ele tornou nobre, grande, conhecido, graças à força com que se empenhou em erguer uma Igreja, sem pompas, sem dourados, mas a Igreja da fé, da constante presença dos fiéis em busca do Padre que a todos acolhe com a mesma atenção, o mesmo carinho. Chegou ao Hospital São João Batista, por designação sábia de Dom Luciano, na condição de Capelão e que presença alentadora é a sua visita aos enfermos, seu carinho com os que trabalham; à missa rezada semanalmente acorrem os devotos de São João Batista, os amigos do Hospital, os pacientes, os familiares. Para todos, o mesmo padre simples tem uma palavra de alento, de amizade”. Pároco de Jequeri, de Pedra do Anta e de Calambau, capelão em Viçosa do Patronato Agrícola, Colégio Normal e Hospital São Sebastião, Pe. Geraldo atuou em toda a dimensão pastoral além do soerguimento do templo físico. Fez-se a terraplanagem e em pouco tempo, com armação de eucalipto e bambu e revestimento de folhas de coqueiro, conforme já mencionado, estava erguida a primeira versão da Igreja de Nossa Senhora.