Microrregião tem baixo índice de cobertura vacinal contra a Covid

Apenas uma cidade da microrregião teve desempenho positivo

Microrregião tem baixo índice de cobertura vacinal contra a Covid

As cidades que fazem parte da microrregião de Viçosa apresentaram índice abaixo da cobertura vacinal, do esquema monovalente, preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) contra a Covid-19, o qual é de 90%. Das 20 cidades que compõem a microrregião, apenas Presidente Bernardes teve desempenho próximo do esperado (81%). Alguns municípios não alcançaram nem metade da meta estabelecida pelo PNI.

De acordo com informações apuradas pelo Folha da Mata através do Vacinômetro de Coronavírus da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, atualizado até dia 11 de dezembro deste ano, várias cidades da microrregião de Viçosa estão com cobertura vacinal bem abaixo da média. Pedra do Anta possui o menor índice de vacinação, apenas 23% da população-alvo foi vacinada. Na casa dos 40%, estão Porto Firme (40%), Brás Pires (45%), Cipotânea (47%) e Ervália (49%). Com cobertura vacinal de em torno de 50%, estão Araponga (50%), São Miguel do Anta (53%), Piranga (54%), Senhora de Oliveira (54%), Teixeiras (55%), Viçosa (57%), Rio Espera (57%) e Lamim (58%). Já aqueles municípios que alcançaram 60% de cobertura vacinal contra Covid-19 estão, Canaã (61%), Coimbra (61%), Amparo da Serra (63%), Alto Rio Doce (64%), Cajuri (65%) e Paula Cândido (65%).

Além disso, especialistas alertam que taxas baixas de cobertura vacinal é uma problemática de saúde coletiva. Deixar de se vacinar, portanto, pode causar o avanço de doenças já equacionadas e o ressurgimento de doenças erradicadas, provocando danos ou morte, especialmente em crianças.

RECOMENDAÇÕES DO MPMG

Em dezembro do ano passado, a preocupação com esses dados foi tamanha, que o Ministério Público de Minas Gerais expediu recomendação aos prefeitos e secretários municipais de Saúde das cidades de Cajuri, Canaã, Paula Cândido, São Miguel do Anta e Viçosa para que sejam adotadas medidas voltadas ao alcance das metas de cobertura vacinal estabelecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). O documento recomenda que os municípios promovam, em até 90 dias, a elaboração e apresentação de plano municipal com as medidas necessárias para regularizar o fornecimento de imunizantes que estejam em falta, para descentralizar o acesso a vacinas, para estimular a vacinação em horários e locais alternativos, bem como ações que estimulem a atuação proativa dos agentes comunitários de saúde, diálogo entre profissionais de saúde e assistência social para orientação das famílias e capacitação e treinamento das equipes que integram as salas de vacinação.

IMPORTÂNCIA DA VACINAÇÃO

A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que a vacinação em massa evita de duas a três milhões de mortes anualmente e poderia salvar mais 1,5 milhão de vidas se sua aplicação fosse ampliada. São impedidos, mundialmente, ao menos quatro falecimentos por minuto todos os anos. É uma economia equivalente a R$ 250 milhões por dia. Além disso, é problemática para a saúde coletiva, causando avanço de doenças já equacionadas e o ressurgimento de doenças erradicadas, provocando danos ou morte, especialmente em crianças. 

Em relação às vacinas contra a Covid-19, essas foram desenvolvidas com o objetivo principal de prevenir a evolução da doença para casos graves, hospitalizações e mortes. 

As doses chamadas “monovalentes” foram criadas a partir da cepa original do vírus, circulante em Wuhan, na China, no início da pandemia. Já as vacinas bivalentes são as chamadas segunda geração do imunizante, ou seja, são aquelas que possuem em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Tanto as bivalentes quanto as monovalentes, da primeira distribuição, agem do mesmo modo no organismo, estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos protetores e células de defesa contra o vírus Sars-CoV-2. Quando infectada pelo vírus, a pessoa vacinada conseguirá combatê-lo rapidamente, pois já tem imunidade.