Conta de luz e materiais de construção puxam inflação em Viçosa
Média do índice de preços ao consumidor teve a segunda maior alta do ano, enquanto custo da cesta básica, felizmente, apresentou queda
O mês de junho foi marcado por uma nova alta na média do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido, em Viçosa, pelo Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (DEE-UFV). Em 2021, com inflação de 1,37%, o mês só perde para janeiro, quando o índice ficou em 1,94%.
No acumulado, é o 13º mês seguido de variações positivas. Dos sete grupos que compõem a análise, foi verificada uma tímida redução somente no de saúde e cuidados pessoais (-0,06%). Já o grupo de vestuário foi o que apresentou maior alta, de 4,77%, impulsionado, principalmente, pelo preço de roupas e calçados.
No grupo de habitação, uma das maiores altas ficou por conta de materiais de construção como cimento (8,81%) e areia (9,09%) e a energia elétrica (8,07%). Em junho, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha de patamar 2, que aumenta R$6,24 na conta a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em maio, a título de comparação, o valor era de R$4,17. Os pesquisadores da UFV acreditam que no relatório do mês de julho – que será divulgado em agosto – o aumento da energia elétrica continue pressionando a inflação.
O grupo habitação teve média de alta de 2,91%, considerando todos os produtos analisados. Os artigos de residência (4,08%), incluindo eletrodomésticos, também tiveram aumento considerável de preços. Os demais grupos analisados registraram aumentos inferiores a 1%. Transporte e comunicação (0,62%), alimentação (0,57%) e educação e despesas pessoais (0,10%).
CESTA BÁSICA MAIS EM CONTA
Impactada pelo aumento da oferta de legumes e frutas, a cesta básica em Viçosa apresentou queda de 1,05% no preço médio em junho, custando R$438,62, pouco mais de 4 reais a menos que o mês anterior. Após dois meses de altas consideráveis, a redução do valor da cesta é um alívio no bolso do viçosense.
A cebola (-27,52%), tomate (-18%), batata inglesa (-15,65%) e a banana prata (-13,77%), itens que compõem a cesta básica, tiveram redução de preços. Já outros itens do mercado, como o limão (20,45), chuchu (16,33%) e fubá (15,63) ficaram mais caros.
A redução do preço médio da cesta básica pode ter sido efeito direto do projeto “Recomeça Minas”, aprovado em abril na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A iniciativa prevê um pacote de medidas para ajudar a recuperar a economia do estado durante e após a pandemia. Entre as propostas, está a redução a 0% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os produtos da cesta básica.
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