Construção desaba e leva parte de rua
A prefeitura de Viçosa embargou na terça-feira, 6, por tempo indeterminado, a obra de um empreendimento imobiliário localizado na Rua Gomes Barbosa, próximo ao número 153. O embargo ocorreu após o desabamento de um muro de contenção construído atrás do empreendimento - entre a travessa Perentino Rodrigues e rua Cabo Tomaz, no bairro Bela Vista (Morro do Pintinho).
O desabamento, ocorrido por volta das 10 horas, comprometeu parte da rua Cabo Tomaz, parte do muro do cemitério Dom Viçoso e danificou postes, rede elétrica, redes de esgoto e de distribuição de água. Além disso, quatro residências foram danificadas e tiveram suas estruturas comprometidas. A Defesa Civil municipal retirou três famílias das casas danificadas. “Estamos dando todo o apoio às famílias atingidas, sendo que algumas ficaram com seus familiares e outras estão em hotéis”, afirma um dos sócios do empreendimento, Cláudio Milagres. Ele informou que a empresa responsável pela construção do muro de contenção é a Construtora SJB.
Na justificativa para o embargo, o documento da Defesa Civil cita que o empreendedor foi noificado, em 28 de fevereiro, que a obra estava provocando rachaduras na rua Cabo Tomás e em residências próximas à divisa da obra com o Cemitério Dom Viçoso, mas não tomou providências. Quanto a isso Cláudio Milagres afirma que recebeu a notificação em fevereiro deste ano e que “o projeto para instalação de mais tubulões de contenção, para prevenir um possível problema, estava pronto e iria ser encaminhado ao Iplam ainda durante esta semana, mas, antes disso, ocorreu o desmoronamento que, a seu ver, “não tinha dado sinais de que iria ocorrer”.
A Defesa Civil reafirmou que, no dia 19 de fevereiro, realizou uma vistoria no local, após denúncias de moradores, oportunidade em que foram encontradas trincas em várias residências próximas ao muro de contenção, além de trincas no asfalto próximas à borda superior do talude da obra. Os moradores relatam que os problemas observados surgiram após movimentação de terra na obra sem a execução de compactação. Ainda segundo a Defesa Civil, uma semana depois, nova vistoria foi realizada (no dia 27 de fevereiro), sendo observada significativa evolução nas trincas. A expansão das trincas, segundo profissionais da área consultados pelo Folha da Mata, era sinal de que havia movimentação do talude, com aumento do risco de desabamento do muro.
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