Comerciários enfrentam filas para oposição a pagamento de contribuição a sindicato
Prazo para protocolar carta de oposição vai até as 16 horas de hoje e sindicato, em plena pandemia, reduziu horário de atendimento presencial para apenas duas horas diárias
Trabalhadores do comércio de Viçosa reclamam da dificuldade em acionar o sindicato da categoria para exigir, por direito, a isenção da cobrança da contribuição assistencial. O Sindicato dos Empregados no Comércio Atacadista e Varejista de Viçosa e região (Sindcomerciários) deu prazo até esta quinta-feira, 29, para que os trabalhadores preencham e entreguem a carta de oposição ao desconto da contribuição, feito direto na folha de pagamento.
Para deixar de pagar a contribuição, o trabalhador precisa entregar pessoalmente uma carta ao sindicato ou por meio de correspondência, com aviso de recebimento.
Em plena pandemia e na época de maior procura por atendimento, o sindicato reduziu o horário de expediente em sua sede ao período da tarde, entre 14 e 16 horas, para recebimento da carta. A justificativa dada pelo sindicado para a redução do horário é a falta de mão de obra para manter as atividades.
A entrega presencial da carta, segundo o Sindcomerciários, é para que seja feita a checagem dos dados do trabalhador e a confirmação de que, de fato, a pessoa que pede a dispensa do pagamento está vinculada ao setor atendido pelo sindicato.
A medida vai de encontro a todas as recomendações das autoridades de saúde, que preconizam atendimento por meios digitais.
CONTRIBUIÇÃO
De acordo com o registro da Convenção Coletiva de Trabalho, assinada no dia 20 de abril de 2021, o valor da contribuição corresponde a um dia de trabalho no salário, respeitando o limite máximo de R$ 60, conforme deliberado e aprovado em Assembleia Geral realizada entre outubro e novembro do ano passado.
A contribuição assistencial é paga aos sindicatos para ajudar a custear a atuação da representação sindical nas negociações e defesas de direitos e interesses dos trabalhadores atendidos, como aumentos e reajustes de salários, por exemplo.
Em Viçosa, o sindicato estima que são mais de 2 mil trabalhadores do setor de comércio e serviços que são atendidos e defende o pagamento voluntário da taxa: “temos gastos com advogados, deslocamentos, a manutenção da sede, por exemplo. Além disso, os associados tem benefícios”, explica o presidente do Sindcomerciários, Cristiano Martins da Macena.
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