Comerciantes notificados na Mário Del Giudice
Os comerciantes da parte baixa da Praça do Moreira foram notificados pela Defesa Civil de Viçosa, depois que rachaduras apareceram em vários imóveis.
Rodrigo Cardoso de Souza, coordenador da Defesa Civil do município, procurado pelo Folha da Mata, disse que até o inicio da tarde de ontem (terça-feira) não havia recebido o laudo da empresa que apura as causas dos problemas estruturais da praça. O laudo será emitido pela empresa de análises geotécnicas sob responsabilidade do professor Enivaldo Minetti, da Universidade Federal de Viçosa. Esta empresa foi contratada à UFV pela Prefeitura Municipal de Viçosa, por meio da Funarbe e vem trabalhando no levantamento das causas dos problemas que abalam a estrutura da praça desde o início do ano passado, ou seja, alagamentos e rachaduras de proporções de alarmantes nas paredes algumas edificações. Com base no laudo, é que serão tomadas as providências cabíveis para solução dos problemas, que podem se agravar com a temporada de chuvas que se aproxima. De acordo com Rodrigo, os comerciantes foram alertados de que há riscos, já que houve afundamento de terreno e rachaduras de paredes, mas a Defesa Civil não pode obrigá-los a deixar os imóveis. “Se o laudo geotécnico comprovar que há risco viminente de desabamento, aí sim, terão que desocupar os imóveis”, afirma Rodrigo. São cinco os imóveis notificados pelo DEC/PMV no bloco onde se situa o tradicional Moreira’s Bar.
Como já amplamente divulgado pelo Folha da Mata e outros veículos de imprensa local, a partir do ano passado, a praça passou a sofrer alagamentos a cada chuva mais forte, indício de que o escoamento das redes locais estava sobrecarregado ou danificado. Afundamento do calçamento da praça sob peso de veículos do trânsito também serviram para aumentar a suspeita de que o terreno da parte central-baixa pode estar sendo solapado pelo vazamento de água, tanto das redes de escoamento pluvial quanto da canalização do Córrego da Conceição, que passa por ali.
Como o terreno onde a praça surgiu e cresceu é um aterro, há o temor de que a estrutura das edificações construídas naquela parte da praça, a maioria sem nenhuma fundação de concreto, seja atingida, com consequências imprevisíveis para quem trabalha e quem frequenta aquelas casas comerciais.
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