Coluni e Epcar entre as maiores médias da região do Enem 2014

Coluni e Epcar entre as maiores médias da região do Enem 2014

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou, na última semana, as notas por escola da edição do ano passado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2014). Os dados abrangem resultados de 15.640 escolas de todo o país. Nelas, 1.295.954 estudantes fizeram o Enem.
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena, foram as escolas públicas que melhor representaram as regiões da Zona da Mata e Campo das Vertentes no Exame, em 2014. Respectivamente, as instituições obtiveram médias de 693,32 e 664,50 nas provas objetivas.
As duas escolas não são estreantes no Top 10 das instituições públicas. Em 2013, o Coluni obteve a melhor média e ficou em 1º lugar. Já a Epcar tinha ficado em 7º lugar. Este ano, enquanto o colégio federal da UFV caiu uma posição, o de Barbacena subiu uma, ficando em 6º lugar.
Na classificação geral, que leva em consideração as instituições públicas e particulares de todo o país, o Coluni figurou na 32ª posição, o Colégio Santa Catarina, em Juiz de Fora, ficou em 64º e a Epcar ficou em 87º. Na Zona da Mata e no Campo das Vertentes, apenas estas três escolas estão entre as 100 melhores colocadas do Brasil.
Em seguida, em 138º lugar, aparece o Colégio Militar de Juiz de Fora, o Colégio dos Jesuítas, na mesma cidade, e o Centro Educacional Frei Serafico, em São João del Rei. Este último também ganha um destaque especial, se forem consideradas apenas as notas das redações.

Corte de verbas
A crise financeira que atinge a educação no Brasil pode colocar em risco a excelência das escolas públicas mineiras mais bem colocadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2014). Segundo dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), seis das 10 instituições públicas com melhor média nas provas objetivas do exame são federais de Minas. Dirigentes dessas escolas temem que, no médio prazo, o corte de verbas afete a infraestrutura, dificultando a manutenção e ampliação de laboratórios, e comprometa a aquisição de equipamentos para as aulas práticas e outros investimentos essenciais para o desenvolvimento de pesquisa de ponta.
O Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni) foi o segundo melhor colocado no Brasil entre as escolas públicas e o primeiro em Minas. O excelente desempenho dos alunos na principal avaliação do ensino médio contrasta com as notícias de cortes. Dos R$ 120 mil previstos para investimento em 2015, só vieram R$ 61,5 mil. Dos R$ 83 mil de custeio, foram liberados cerca de R$ 71 mil. O diretor do Coluni, Edson Luís Nunes, acredita que as consequências disso devem aparecer em breve. “É um corte sério. Retira recursos de investimento na ordem de 50% e 10% do custeio. Certamente, ao parar de investir no pedagógico, teremos reflexos mais para frente”, avaliou ele.
As outras instituições que ocupam as três primeiras posições em Belo Horizonte – Colégio Militar de Belo Horizonte, Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais (Coltec/UFMG) e o Cefet Minas – enfrentam problemas semelhantes.