Cães com comportamento de ataque são recolhidos na UFV

Os cães que foram identificados com comportamento de ataque às pessoas na Universidade Federal de Viçosa (UFV) foram capturados na manhã desta quinta-feira (21) por equipes da UFV, da Prefeitura de Viçosa, do Corpo de Bombeiro Militar e da Sovipa. Os animais serão encaminhados para a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Viçosa, onde passarão por avaliação para realização de castração, de pós-operatório, controle de zoonoses e posterior adoção ou devolução.

A medida faz parte de um conjunto de ações emergenciais que a UFV, prefeitura e Sovipa decidiram adotar, em reunião na última terça-feira (19), para evitar que novos ataques de cães ocorram no campus universitário. A alternativa de recolhimento dos cães é provisória e de caráter emergencial. A expectativa é que ela perdure até a implantação, em Viçosa, do Programa Regional em Defesa da Vida Animal (Prodevida), o que deverá acontecer no início de 2024. 

O programa foi criado pela Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna (Cedef) e vem sendo executado em parceria com as promotorias de justiça. Essa articulação busca a adequação às leis federal e estadual que dispõem sobre a política de controle de natalidade de cães e gatos. Viçosa está entre os mais de 100 municípios mineiros que aderiram ao Prodevida.

O professor Rodrigo Alves Barros, do Departamento de Medicina Veterinária e membro da equipe da UFV, considera a retirada dos cães como a solução necessária e resolutiva para o momento. A medida tem foco em questões de saúde pública, segurança da comunidade, bem como a garantia do bem-estar dos animais com procedimentos éticos. 

Segundo o professor, o problema do campus e de Viçosa com os cães tem sido comum no estado e no país e, por isso, frequentes na agenda de debates. A própria UFV adotou, em 2021, um Programa de Manejo Populacional de Cães e Gatos, com o monitoramento de cães pela equipe de vigilância da Universidade e com a castração dos animais. Entretanto, sem a UVZ, que foi inaugurada em meados de julho, a implementação integral do plano de manejo ficava inviável. A instituição reconhece que é preciso aprimorar o Programa e isto está em pauta na reitoria e no debate conjunto sobre o tema com representantes da comunidade de Viçosa.