Alta de preços em junho aumenta custo da cesta básica em Viçosa

Após registrar em maio a primeira deflação de 2024, o IPC-Viçosa voltou a apresentar inflação em junho, com os preços dos bens e serviços consumidos no município ficando em média 0,44% mais caros. O índice é calculado pelo Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

A análise por grupos do IPC-Viçosa revela que quatro dos sete grupos apresentaram variações positivas e três apresentaram variações negativas em junho: Artigos de Residência (2,79%), Alimentação (1,47%), Vestuário (1,31%) e Educação e Despesas Pessoais (0,83%) tiveram aumento, enquanto Saúde e Cuidados Pessoais (-0,07%), Transporte e Comunicação (-0,31%) e Habitação (-0,77%) registraram queda.

No segmento de Alimentação, itens como Tubérculos, Raízes e Legumes apresentaram altas expressivas, com Quiabo (31,04%) e Batata baroa (28,50%) liderando as elevações de preço. As variações também foram significativas em Bebidas Alcoólicas (12,30%), Lanches (3,88%) e Cereais, Leguminosas e Oleaginosas (3,59%).

Quanto à cesta básica, seu custo aumentou 3,80% em junho, com destaque para a alta do preço do tomate (25,07%). O ano de 2024 tem sido desafiador para os produtores do fruto, devido a condições climáticas adversas (chuva e calor) e a proliferação de pragas como a mosca branca, que têm prejudicado a produtividade das lavouras e a oferta de tomate.

Em termos de valor, a cesta básica em Viçosa custou R$ 560,15 em junho, ou seja, R$ 20,54 mais cara em comparação a maio, cujo custo havia sido de R$ 539,61.

Em termos práticos, um trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.412,00 em junho gastou 39,67% de sua renda para adquirir os produtos da cesta básica, em comparação a 38,22% em maio. Dessa forma, em junho, após a aquisição da cesta básica, restou ao trabalhador R$ 851,85 para atender às demais despesas de moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, vestuário e transporte.