Veja como votaram os deputados de Minas no processo de impeachment

Veja como votaram os deputados de Minas no processo de impeachment

Um dos momentos políticos mais aguardados do ano, a reunião da Câmara Federal para decidir sobre a admissibilidade ou não do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, no último domingo, 17, ficou marcado pelos discursos acalorados e pela troca de farpas de ambos os lados. Parlamentares se alternaram na tribuna instalada no meio do plenário da Casa para proferir o voto, fazer agradecimentos e acusar os adversários.
A maioria dos deputados federais de Minas Gerais votou pela continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Dos 53 parlamentares que compõem a bancada mineira, 41 votaram a favor do impedimento da presidente, e 12 contrários.
E os deputados mais votados em Viçosa, como se comportaram? O Folha da Mata acompanhou o voto de cada um.
Com 13.194 votos obtidos no pleito de 2014 em Viçosa, o deputado Misael Varella (DEM) votou “sim” pelo impeachment. Em seu discurso, ele lembrou o pai, Lael Varella, citou a Fundação Cristiano Varella, de Muriaé, e disse que seu voto seria “pelo regaste de novas esperanças e pelo resgaste político e social”.
“Por um futuro melhor para nossa gente, precisamos reconstruir o País, arrasado pela quadrilha do PT. Precisamos dar novamente esperança às famílias brasileiras. Pelos exemplos e ensinamentos de meu pai, por meus filhos, por minha família, em memória de Juscelino e Tancredo e honra da bandeira de Minas Gerais, sim ao impedimento da presidente da República”, foi o voto proferido pelo deputado viçosense Rodrigo de Castro (PSDB), que obteve 8.093 votos dos viçosenses.
Já o deputado Reginaldo Lopes (PT), que contou com a preferência de 3.376 eleitores no município, não surpreendeu seu eleitorado e votou contra o impeachment. O petista chegou a entrar com uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) para suspender a votação do processo, mas teve o pedido negado pelo ministro Marco Aurélio Mello. No voto proferido, Reginaldo Lopes não poupou os colegas das críticas e acusou o deputado Eduardo Cunha (PMDB), presidente da Câmara, de agir por vingança. “O presidente Eduardo Cunha transforma essa Legislatura num tribunal de exceção. Querem cassar uma presidente honesta, querem cassar uma presidente que não cometeu nenhum crime”, disse.
Votado por 2.706 eleitores da cidade, o deputado Padre João (PT) engrossou o coro dos descontentes e disse que Dilma Rousseff não cometeu crime de responsabilidade fiscal, acusação pela qual está sendo julgada no Congresso. “Pelo respeito ao voto popular, pela presidenta Dilma, que não cometeu nenhum crime de responsabilidade, pelos movimentos sociais, pela agricultura familiar, pela reforma agrária, pelo povo que está nas ruas exigindo respeito à Constituição, pelo povo latino-americano, eu voto 'não' e a luta continua, companheiros”, conclamou.
Outros deputados como Rodrigo Pacheco (PMDB), 410 votos, e Eros Biondini (PTB), 374 votos, votaram a favor do impedimento da presidente.


A favor do impeachment
Bilac Pinto (PR)
Bonifácio de Andrada (PSDB)
Caio Narcio (PSDB)
Carlos Melles (DEM)
Dâmina Pereira (PSL)
Delegado Edson Moreira (PR)
Diego Andrade (PSD)
Dimas Fabiano (PP)
Domingos Sávio (PSDB)
Eduardo Barbosa (PSDB)
Eros Biondini (PROS)
Fábio Ramalho (PMDB)
Franklin Lima (PP)
Jaime Martins (PSD)
Júlio Delgado (PSB)
Laudivio Carvalho (Solidariedade)
Leonardo Quintão (PMDB)
Lincoln Portela (PRB)
Luis Tibé (PTdoB)
Luiz Fernando Faria (PP)
Marcelo Álvaro Antônio (PR)
Marcelo Aro (PHS)
Marcos Montes (PSD)
Marcus Pestana (PSDB)
Mário Heringer (PDT)
Mauro Lopes (PMDB)
Misael Varella (DEM)
Newton Cardoso Jr (PMDB)
Odelmo Leão (PP)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Raquel Muniz (PSD)
Renzo Braz (PP)
Rodrigo de Castro (PSDB)
Rodrigo Pacheco (PMDB)
Saraiva Felipe (PMDB)
Stefano Aguiar (PSD)
Subtenente Gonzaga (PDT)
Tenente Lúcio (PSB)
Toninho Pinheiro (PP)
Weliton Prado (PMB)
Zé Silva (Solidariedade)

Contra o impeachment
Adelmo Carneiro Leão (PT)
Aelton Freitas (PR)
Brunny (PR)
Gabriel Guimarães (PT)
George Hilton (PROS)
Jô Moraes (PCdoB)
Leonardo Monteiro (PT)
Margarida Salomão (PT)
Miguel Corrêa (PT)
Padre João (PT)
Patrus Ananias (PT)
Reginaldo Lopes (PT)