UFV anuncia corte no orçamento 2017
O orçamento geral da UFV para 2017 foi divulgado na última quarta-feira, 19, em uma reunião com pró-reitores, diretores dos centros de ciências, chefes de departamentos e coordenadores de cursos de graduação e pós-graduação. Durante o encontro a reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares apresentou o orçamento previsto para este ano, o balanço financeiro de 2016 e as medidas institucionais para enfrentar as dificuldades.
No geral, houve uma redução de 11,36% do orçamento em relação ao ano anterior. Em 2016, o valor total de recursos disponibilizado pelo Ministério da Educação (MEC) foi de R$ 117 milhões e, neste ano, até o momento, a previsão é de R$ 104 milhões. Em sua apresentação, ela alertou que este valor contempla gastos com custeio (diárias, capacitação e contratos de terceirização) e capital (investimento e patrimônio), não sendo contabilizados os valores com salários e bonificações dos servidores técnico-administrativos e docentes.
O maior corte foi no capital, que teve uma redução de 35,54% em comparação com os valores de 2016, que somaram pouco mais de 25 milhões de reais. Neste ano, a Universidade terá apenas R$ 16 milhões para essa rubrica, mas até agora só recebeu R$ 538 mil. Segundo a reitora, essa diminuição poderá ter impacto direto nas obras da Universidade, muitas em fase de conclusão, como os Restaurantes Universitário de Viçosa (II) e Florestal, a Unidade de Atendimento Especial em Saúde (UAES) e diversos laboratórios de ensino e pesquisa nos três campi. As obras em andamento totalizam, aproximadamente, 118 milhões de reais.
Uma preocupação da Administração Superior é que a redução financeira não acompanha a expansão da Universidade. A reitora citou como exemplo a finalização de novas edificações que implicam em mais gastos de manutenção, como telefone, água e luz. Além disso, um outro problema é a extinção de determinados cargos na instituição, como os profissionais de limpeza, porteiros e vigilantes. Com isso, os gastos com terceirizados aumentam e estão inseridos no montante de custeio.
Parceria em busca de soluções
De acordo com Nilda Soares, a realidade de corte de gastos está sendo enfrentada por todas as universidades públicas federais, que, juntas, estão buscando unir forças e lutar pelo ensino superior. Por meio da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), os reitores têm realizado reuniões constantes com o MEC e outros ministérios do Governo Federal para que possam ser feitos reajustes na matriz orçamentária.
Para a reitora, a UFV tem procurado priorizar as atividades acadêmicas, mantendo seus serviços essenciais, e conseguiu fechar 2016 com todo o orçamento executado. "Foi resultado de um entendimento de toda a comunidade acadêmica, que colaborou com a redução e economia de recursos", destaca. Para evitar maiores gastos, a Instituição também zelou pela manutenção das edificações existentes, tendo sido realizados no ano passado 4800 serviços de reparos e revitalizações.
A Universidade já tomou uma série de medidas para reduzir as despesas administrativas, tais como: a renegociação de contratos de prestação de serviços; a redução de custos na emissão de diplomas e na realização de eventos de grande porte, como a Semana do Fazendeiro e a Colação de Grau; a priorização das obras em andamento; a adesão - em processo - ao Sistema Eletrônico de Informações, que irá diminuir os gastos com impressão de papéis.
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