São Bartolomeu em xeque
Quem passou pela Travessa Tancredo Neves, no centro de Viçosa, na última semana, teve a atenção despertada por uma mesa, cartazes e um rapaz sentado nas proximidades da ponte sobre o ribeirão São Bartolomeu.
Foi um fato inusitado, sem dúvida e que, entretanto, fez parte da estratégia utilizada pelo estudante de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa, Cauan Lana, para chamar a atenção dos transeuntes. Segundo ele, a iniciativa faz parte de seu trabalho de conclusão de curso, que propõe uma intervenção para melhorar os espaços de lazer da cidade.
O estudante conta que escolheu o local porque ali está evidente aos olhos de todos que ribeirão São Bartolomeu se encontra em condições deploráveis, com suas margens ocupadas pela construção civil, por canos de descargas de dejetos que tornam a pouca água do ribeirão um esgoto a céu abeto. Como naquele ponto as margens do ribeirão são mais espaçadas, sua ideia é propor ações para utilizar as margens de forma mais sustentável e que beneficie a população viçosense.
Em dois dias de estado na ponte da Tancredo Neves, Cauan Lana contou que várias pessoas pararam para entender o que ele estava fazendo ali. Os mais velhos foram os que mais conversaram e contaram histórias de quando o São Bartolomeu era limpo e tinha peixes.
Um fato curioso levantado pelo estudante é que todas as pessoas que conversaram com ele concordam que as margens do ribeirão precisam de melhorias, mas ninguém soube dizer o que gostaria que os órgãos competentes fizessem para melhorar a vista e as condições do local.
Cauan disse que pretende ir a outros pontos de passagem do São Bartolomeu na cidade para ouvir o que as pessoas têm a dizer sobre o ribeirão.
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