Saae confirma desativação do aterro e prevê aumento da taxa de lixo

O custo para levar o lixo para fora foi estimado em R$ 400 mil mensais e o Saae prevê aumento da taxa de resíduos sólidos paga pelos contribuintes viçosenses

Saae confirma desativação do aterro e prevê aumento da taxa de lixo

Após ser multado por seis vezes devido à operação irregular do aterro sanitário, o Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) de Viçosa decidiu atender às determinações da fiscalização estadual, dentre elas, a desativação do aterro e a destinação do lixo de Viçosa para outro aterro legalizado.  

Junto com uma multa de mais de R$ 130 mil emitida recentemente, o Saae recebeu da Supram-ZM (Superintendência de Meio Ambiente da Zona da Mata) determinações técnicas que incluem a apresentação de um cronograma de desativação do atual aterro em até sete dias corridos, a comprovação do envio de resíduos para um aterro sanitário regularizado em até 30 dias corridos e a elaboração de um Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) para a área do aterro sanitário em até 60 dias corridos.

Sobre as exigências, o diretor-presidente do Saae, Eduardo Brustolini, disse que enviou um ofício à Supram-ZM afirmando que irá adotá-las, no entanto, solicitou um prazo maior. “Sabemos que a administração pública não consegue providenciar um contrato em tão pouco tempo, mas já estamos tomando providências para realizar o transporte dos resíduos para um aterro licenciado”, informou Brustolini.

O diretor-presidente explicou que levar o lixo para outro município será uma ação temporária, até que o Saae consiga comprovar a desativação completa do atual aterro e, posteriormente, conquistar a licença ambiental para criação de um aterro na área anexa existente.

Tratativas estão sendo feitas com o Cimvalpi (consórcio de municípios), que já tem empresa credenciada que realiza esse tipo de transporte de resíduos. Um aterro em Piedade de Ponte Nova e outro em Ibituruna estão entre as opções mais viáveis para o Saae.

O custo da operação foi estimado em R$ 400 mil mensais, recurso que a autarquia não tem em caixa. Brustolini admitiu que poderá haver aumento da taxa de resíduos sólidos paga pelos contribuintes viçosenses.

Desde 2019, o Saae já recebeu R$ 626.222,42 em multas ambientais referentes ao aterro sanitário. Segundo o portal da transparência da Semad (Secretaria de Estado de Meio Ambiente), nenhuma multa foi quitada.