Queda no preço de alimentos contribui para baixa inflação em Viçosa

Produtos que fazem parte da cesta básica e também aqueles considerados ‘supérfluos’ registraram queda

Queda no preço de alimentos contribui para baixa inflação em Viçosa

O Índice de Preços ao Consumidor de Viçosa (IPC-Viçosa), que mede o aumento dos preços dos produtos e serviços que consumimos no dia a dia, teve uma inflação muito baixa em junho deste ano. Segundo o Departamento de Economia da UFV (Universidade Federal de Viçosa), a inflação foi de apenas 0,05%, o que significa que os preços ficaram praticamente estáveis nesse período. 

Essa foi a menor inflação registrada na cidade durante todo o ano de 2023. Isso é uma boa notícia para os moradores de Viçosa, pois uma inflação baixa significa que os preços não estão subindo muito, e o dinheiro do salário rende mais na hora de fazer compras. 

De acordo com a equipe do IPC-Viçosa, a queda nos preços dos alimentos foi o principal fator que contribuiu para a redução da inflação em junho, já que a alimentação tem um peso significativo no orçamento das famílias em Viçosa. O grupo Alimentação como um todo também queda de -2,11%. Produtos como bebidas alcoólicas, óleos e gorduras, pães e carnes de aves e ovos tiveram as maiores quedas de preço em junho. 

Um fato interessante é que o custo da cesta básica, que é um conjunto de alimentos essenciais para a alimentação das famílias, também diminuiu em junho (-0,62%), custando R$ 558,55, um pouco mais barata que mês anterior (maio), quando custava R$ 562,05. Os produtos que mais influenciaram essa queda foram o feijão e o óleo de soja. 

O trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$1.320,00 em junho, gastou 42,31% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica, restando ao trabalhador R$ 761,45 para atender às demais despesas de moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, vestuário e transporte. 

Os outros grupos que compõem a pesquisa registraram aumento de preço, como Vestuário (3,46%); Saúde e Cuidados Pessoais (1,47%); Transporte e Comunicação (0,89%); Habitação (0,40%) e Educação e Despesas Pessoais (0,25%). 

Os produtos que  tiveram maior aumento de preço e junho foram fio dental (43,5%), creme dental (38,57%) e balas (36,71%). Já os produtos que mais reduziram de preço em relação a mês anterior foram caldo concentrado (-36,52%), pêra (-34,91), panela de pressão (-28,43) e coxa de frango (-24,30). Dos produtos que compõem a cesta básica, o item que ficou mais caro em junho foi a batata inglesa (24,35%), seguida por carne bovina de segunda (9,94%) e banana (6,63%).