Projeto de Apacs é premiado

Prêmio reconhece importância de projeto de produção de máscaras por recuperandos para combate à covid-19

Projeto de Apacs é premiado

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a Federação Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), o Instituto Minas pela Paz (IMPP) e a Associação de Voluntários para o Serviço Social (AVSI Brasil) estão entre as 30 melhores iniciativas sociais de destaque no enfrentamento à pandemia de covid-19. 

O prêmio Empreendedor Social, promovido há 16 anos pelo jornal Folha de São Paulo, em parceria com a Fundação Schwab, destacou este ano o projeto “Humanizando a Pena e Protegendo a Vida”. A solenidade de premiação aconteceu na tarde de segunda-feira (7/12).

O projeto envolveu as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) na produção de 2 milhões de máscaras, que foram distribuídas gratuitamente a hospitais, creches, asilos, postos de saúde, familiares de recuperandos, funcionários das associações, presos do sistema penitenciário, integrantes das Polícias Civil e Militar, comunidades terapêuticas, órgãos públicos e demais segmentos sociais.

A iniciativa é resultado do esforço de cerca de 510 recurperandos e recuperandas de 36 Apacs envolvidas no projeto em todo o Brasil. Para se chegar ao resultado, foi investido R$ 1,6 milhão de empresas, ONGs e parceiros da iniciativa. 

Conforme o TJMG, a Apac de Viçosa não participou do projeto. No entanto, também produziu máscaras para profissionais de saúde de Viçosa e região no início da pandemia. 

Caminho

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Lemes, recebeu com grande satisfação a premiação e disse que isso comprova que o caminho escolhido pelo TJMG de incentivo ao método Apac em Minas, e sua constante expansão, está correto. “Com esse projeto, oferecemos a possibilidade de trabalho ao recuperando, que retribuiu à sociedade com equipamentos para o combate à pandemia de covid-19, distribuídos gratuitamente”, ressaltou.

A premiação também foi comemorada pelo coordenador-geral do programa Novos Rumos, responsável pela iniciativa “Consolidação e Ampliação das Apacs”, desembargador Antônio Armando dos Anjos. “Em meio aos desafios impostos pela pandemia, acompanhamos com imensa alegria o anúncio do jornal Folha de São Paulo”, disse.

O magistrado destacou ainda a premiação do coordenador executivo do programa, juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, como empreendedor social do Brasil em 2020. Segundo ele, esse título representa também o reconhecimento ao compromisso dos juízes de Minas Gerais com a humanização do tratamento penitenciário.

“Esse foi um valioso trabalho, no qual os recuperandos devidamente capacitados puderam se sentir úteis por participarem diretamente do enfrentamento da pandemia em período de isolamento social”, concluiu o desembargador Antônio Armando dos Anjos.