IPC-Viçosa volta a registrar alta de preços com deflação da cesta básica

A pequena alta no preço do arroz e a queda nos preços do feijão e óleo de soja aliviaram o bolso do viçosense com a alimentação básica em agosto

IPC-Viçosa volta a registrar alta de preços com deflação da cesta básica

A inflação do mês de agosto para o município de Viçosa, calculada pelo Departamento de Economia da UFV, foi de 0,44%, valor muito próximo ao verificado para o mês de julho, índice muito próximo ao levantado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e utilizado pelo governo como uma prévia da inflação oficial do país, que registrou 0,43% em agosto.
Por outro lado, a pesquisa mostrou que o custo da cesta básica no município de Viçosa apresentou deflação pelo terceiro mês consecutivo (-4,49%). Esse é um dado importante, de vez que a alimentação é o componente de maior peso entre os itens que compõem os sete grupos da pesquisa, contribuindo com 27,25%. Mesmo registrando seguidas deflações no período, vale destacar, porém, que o Grupo Alimentação acumulou inflação de 11,20% nos últimos 12 meses, só perdendo para o Grupo Habitação, que acumulou alta de 12,91% no mesmo período. .
Confira a pesquisa por Grupo:
Artigos de Residência (1,60%): a alta neste Grupo foi proveniente das variações nos preços de produtos dos itens Eletrônicos (7,16%) e Eletrodomésticos (0,53%). Dentro destes itens, o produto Microcomputador apresentou aumento de 19,18% e a Máquina de lavar roupa, 21,53%, respectivamente. Tais aumentos podem estar relacionados à elevação na taxa do dólar, uma vez que estes produtos, muitas vezes são importados ou têm peças de sua composição que são importadas.
Vestuário (1,45%): este Grupo apresentou considerável elevação de preços no item Calçados (8,14%) pelo segundo mês consecutivo. Em termos de produtos, os aumentos significativos foram: Tênis masculino (23,24%), Tênis infantil (15,34%) e Sapatilha feminina (7,13%).
Saúde e Cuidados Pessoais (1,22%): destacam-se neste Grupo, variações positivas nos subgrupos Produtos Farmacêuticos (19,07%), Remédios (4,28%) e Assistência à Saúde (0,76%). No último subgrupo citado, destaca-se a alta no preço da Diária Hospitalar (41,57%).
Educação e Despesas Pessoais (0,51%): neste Grupo, as elevações de preços ocorreram, principalmente, no subgrupo Educação (1,02%), com destaque para o item Material Escolar (6,7%), do qual ressaltam-se as altas de preço dos produtos Fotocópia (2,27%), Lápis preto nº 2 (20,29%) e Borracha látex branca (16,05%). Tais aumentos podem estar relacionados à volta às aulas no início do mês.
Habitação (0,28%): neste Grupo, dois subgrupos se destacaram pelas suas elevações de preços: Reforma e Manutenção da Casa (1,19%), devido à alta nos preços do Material de pintura (6,04%) e Material elétrico (4,99%); e Material de Consumo (2,50%); o reajuste no item Material de limpeza foi de 2,10%, com destaque para os produtos Desinfetante (15,24%) e Esponja para louça (17,64%).
Alimentação (0,01%): ressaltam-se as elevações de preços nos itens Bebidas Alcoólicas (7,88%), Pescados (6,62%), Massas (3,19%) e Leite e Derivados (1,79%). Em termos de produtos dentro desses itens, enfatizam-se as seguintes altas de preços: Vinho (14,46%); Filé de Peixe (11,47%); Mistura para Bolo (6,94%); Iogurte (13,35%) e Creme de Leite (12,37%).
Transporte e Comunicação (-0,06%): no referido Grupo, a queda significativa foi no item Manutenção de Veículo (-1,21%).