Inundação de Bernardes Filho desafia mais uma administração municipal
No início da noite do último dia 22, uma chuva pegou de surpresa os viçosenses. Os pluviômetros da Defesa Civil Municipal registraram mais de 43,6 milímetros na região central, 37,8 mm na região sul (Fátima), 13,8 na região leste (São José do Triunfo) e 42 mm na região norte (Vale do Sol).
Muito festejada pela população, que vive uma longa e angustiante estiagem e sua consequente escassez de água nas torneiras, a chuva, na avenida Bernardes Filho, foi também motivo de preocupação. Ali, como sempre acontece quando o índice pluviométrico é mais intenso na cidade, as inundações causaram transtorno para os moradores. A “enchente” da Bernardes Filho é um problema de décadas e resulta do crescimento desordenado da cidade na área à jusante daquela avenida do bairro de Lourdes, em especial a povoação ocorrida na região do bairro do Santa Clara. A abertura de ruas e avenidas para atender a demanda das edificações não foi acompanhada de obras de infraestrutura básica de escoamento pluvial e contenção de enxurradas. Reflexo disso, as águas que descem do Santa Clara, da Betânia e rua Papa João XXIII transbordam nas redes de escoamento da av. Bernardes Filho e rua Silva Ponte provocando verdadeiras enchentes, embora por ali não passe nenhum ribeirão, apenas córregos subterrâneos.
O secretário de governo, Luciano Piovesan disse que a PMV pretende resolver os problemas de alagamentos e que está elaborando um plano diretor para drenagem pluvial em pontos críticos da cidade. Luciano disse que existe um projeto de rede de drenagem pluvial do Santa Clara, que contemplaria o trecho que vai da Praça de Esportes, até a ponte da rua Doutor Brito.
De acordo com Luciano, esse projeto está em poder do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) e da Prefeitura Municipal e faz parte do plano de Saneamento Básico do município.
Segundo o ex-vereador e ex-secretário de obras, Aguinaldo Pacheco, a PMV tentou implantar esse projeto, de autoria do professor Bonenberg, da UFV, em 2007. No entanto, segundo Aguinaldo, não houve uma execução fiel das partes detalhadas na planilha e os problemas não foram solucionados com a reforma, então realizada.
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