Exames iniciais constataram um ferimento profundo na cabeça do jovem pontenovense encontrado morto em Viçosa

Exames iniciais constataram um ferimento profundo na cabeça do jovem pontenovense encontrado morto em Viçosa

Informações repassadas ao jornal Folha da Mata dão conta de que a polícia confirmou, em exames de necropsia, que o jovem pontenovense Gabriel Oliveira Maciel, 17, foi assassinado. O rapaz veio a Viçosa na sexta feira, 6, para participar de uma calourada e disse para a mãe que voltaria na manhã de sabado. Como ele não ligou para casa nem atendeu o celular, a mãe ligou para a polícia de Viçosa à procura de alguma informação sobre o seu paradeiro do jovem que, após muita especulação e denúncias falsas, foi encontrado morto na tarde de segunda-feira.  

O laudo expedido pelo médico legista deverá sair em 10 dias, mas a polícia constatou que o corpo de Gabriel apresentava um ferimento profundo na cabeça, provavelmente produzido por disparo de arma de fogo. Mas, pelo adiantado estado de decomposição do corpo, a arma usada para provocar o ferimento somente poderá ser identificada quando for publicado o laudo médico, já que o ferimento pode também ter sido feito com um golpe utilizando-se uma arma pontiaguda.

Ainda segundo informações repassadas pela polícia, amigos de Gabriel prestaram depoimento na Delegacia de Polícia e desmentiram a primeira versão de que ele estaria drogado e bêbado durante a festa. Segundo os depoimentos, Gabriel não usava drogas e bebia muito pouco. Eles confirmaram que o jovem não conseguiu embarcar no ônibus, depois de um tumulto na porta do coletivo e, por isso, foi embora a pé. Os depoentes acrescentaram que iniciaram as buscas pelo corpo de Gabriel na noite de domingo. Depois de muita procura, já na tarde de segunda-feira, quando estavam nas proximidades do Campo do Couceiro, onde abordavam as pessoas e mostravam a elas cartazes com a foto do desaparecido, um senhor revelou a eles ter sentido forte mau cheiro quando passava pela estrada que liga a BR-120, passando pela horta da UFV, ao  Departamento de Veterinária. Os jovens foram ao local, encontraram o corpo e acionaram a polícia.

O corpo foi encontrado no final da tarde de segunda-feira, 9, na região da Horta da Universidade Federal de Viçosa. O corpo estava numa vala, à beira da estrada.  Amigos da vítima reconheceram Gabriel pelo porte físico e por uma pulseira de ouro que ele estava usando na festa. Já em estado avançado de decomposição, o corpo apresentava sinais de ter sofrido violência física e estava totalmente nu.

Gabriel estava desaparecido desde a madrugada de sábado, 7, depois que participou de uma “calourada”, promovida pela República Qkické, na noite de sexta-feira, 6. A festa de recepção aos calouros da Universidade Federal de Viçosa é algo recorrente na cidade. Esta, “Entornando o Béquer”, era uma festa com cerveja liberada, que aconteceu no sítio do Lino, em Cajuri (nas proximidades do distrito viçosenses de São José do Triunfo). Os organizadores da festa alegam que o adolescente apresentou uma identidade falsa para conseguir entrar no evento, que é proibido para menores de 18 anos.
A mãe de Gabriel disse à polícia que ele saiu de casa, em Ponte Nova, para se encontrar com sua namorada em Viçosa e juntos, foram à festa. Ela informou ainda que ele teria dito que voltaria para casa, em Ponte Nova, no primeiro horário de ônibus, porque tinha cursinho às 10 horas. A mãe conta que às 7 horas da manhã de sábado, estranhando que o rapaz não aparecera, ela tentou falar com ele pelo celular, mas ele não atendeu. Logo em seguida ela recebeu uma ligação do celular dele, mas apenas ouviu gemidos. A mãe, desesperada, disse que tentou ligar outras vezes, sem sucesso. Ela esteve na Delegacia de Viçosa na manhã de hoje, para acompanhar as investigações.
Na tarde de ontem, o celular da vítima foi encontrado nas proximidades do Cemitério do distrito de São José do Triunfo. A polícia está investigando o caso.

Gabriel cursava o terceiro ano do ensino médio no Colégio Salesiano Dom Helvécio, em Ponte Nova. Ele era filho único.