Bancários entram em greve
As agências bancárias de Viçosa e de vários estados do país amanheceram cobertas de cartazes na manhã da última terça-feira, 6. Após assembleias realizadas na semana passada, os bancários decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), os clientes poderão fazer saques, transferências e outras operações por canais alternativos de atendimento, como caixas eletrônicos, internet banking, aplicativos no celular (mobile banking), telefone, além de casas lotéricas, agências dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos credenciados.
Os bancários pedem reajuste salarial de 16% com piso de R$ 3.299,66. A Fenaban apresentou uma proposta de reajuste de 5,5%, com piso de R$ 1.321,26 a R$ 2.560,23. A proposta foi rejeitada pela categoria nas assembleias do último dia 1º.
Na última sexta-feira, 2, o Comando Nacional enviou um oficio à Fenaban, para oficializar a aprovação de greve nacional unificada pela categoria.
Na região
Na noite de quinta-feira última, 1º, bancários que compõem a base do Sindicato dos Bancários de Ponte Nova e Região estiveram reunidos em assembleia para avaliar a contraproposta oferecida pelos bancos, que foi recusada por unanimidade. A maioria dos presentes deliberou pela deflagração da greve por tempo indeterminado a partir do dia 6 de outubro, seguindo o calendário de paralisação da Confederação.
A Campanha Nacional dos Bancários teve início no dia 11 de agosto com a entrega da minuta à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Após quatro rodadas de negociação, os representantes dos bancos se negaram a assumir compromisso com a manutenção dos empregos e não propuseram melhoria das condições de trabalho, da segurança e da igualdade de oportunidades. No último dia 25, os bancos apresentaram a pior proposta de ajuste da remuneração dos últimos anos na avaliação dos Sindicados. 5,5% em todas as verbas, sendo que a categoria reivindica INPC + 5% de aumento real (aproximadamente 16%).
Os bancários avaliam que o valor oferecido pela Fenaban nem mesmo repõe a inflação, que chegou a 9,88% até o início de setembro.
Para a categoria, a proposta apresentada está distante de atender o que está sendo reivindicado.
“É preciso que os bancários estejam unidos. Temos que realizar uma greve em que a participação de cada um será fundamental para que os bancos negociem com os parâmetros baseados no crescimento e nos lucros cada vez maiores. A greve é o ultimo recurso usado pelos trabalhadores para quebrar o impasse criado pela insensibilidade dos banqueiros”, diz o manifesto virtual do Sindicato regional, conclamando todos os bancários da região, independente do banco ou função que exerçam, para participar ativamente da greve definida em assembleia, e exercer seu papel de agente transformador da realidade da categoria. (Fonte: SEEBPN)
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