Semana do Fazendeiro termina e registra aumento no número de cursos e público diversificado
A 93ª edição do evento ocorreu entre os dias 22 e 28 de julho, no campus Viçosa
A 93ª Semana do Fazendeiro foi definida pelo pró-reitor de Extensão e Cultura (PEC) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), José Ambrósio Ferreira Neto, como “um sucesso em todos os sentidos”. A edição que ocorreu no campus Viçosa, entre os dias 22 e 28 de julho, contou com mais de 1.300 inscritos de 22 estados brasileiros, além do Distrito Federal, incluindo participantes das regiões Norte e Sul do Brasil, e de outros quatro países: Peru, Colômbia, Bolívia e Guiana.
De acordo com o pró-reitor, essa participação expressiva demonstra o quanto o evento tem expandido suas fronteiras, levando conteúdo extensionista para mais lugares e apresentando para a população tudo o que a Universidade tem a oferecer. No total, foram 313 cursos ministrados, além de 23 conversas com especialistas e o workshop Peixes Ornamentais: uma nova oportunidade. As atividades giraram em torno da temática Crescimento econômico inclusivo e sustentável: um novo olhar para a agricultura.
Ao conviver de perto com o público que veio à UFV em busca de capacitações, a assessora especial da PEC, Fabiana Melo, identificou um novo perfil para ser levado em conta pela organização das próximas edições do evento. De acordo com ela, muitas pessoas perderam o emprego ou foram à falência depois da pandemia e, agora, estão em busca de capacitação para criar novos negócios. Para isso, precisam conhecer tendências, custos e tecnologias que as ajudem na tomada de decisões. Algumas, inclusive, não vivem no meio rural, mas querem trabalhar com produtos, como alimentos processados, ou abrir pequenas empresas, como cafés e restaurantes. Cursos sobre esses temas, já muito procurados desde o último ano, foram os primeiros a esgotar as vagas nesta edição. Cresceu também o número de aposentados no evento em busca de novas oportunidades.
Assim como aumentou a procura pelas capacitações, houve uma elevação no número de expositores em comparação com a edição do ano passado. No total, cerca de 200 participaram das feiras de artesanato e de produtos agrícolas, além da praça de alimentação, transferindo suas atividades de trabalho para o evento. Como destacado por José Ambrósio, a parceria com esses expositores engrandeceu a Semana do Fazendeiro, da mesma forma que foram fundamentais o apoio de toda a equipe da Universidade e as parcerias com a Emater, Epamig, Senar, IMA, IEF, Funarbe e a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), que nesta edição atendeu aos produtores rurais em um estande com plantão técnico e ainda assinou um acordo de cooperação com a UFV para a implementação de um núcleo de pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos apícolas.
A estimativa é que cerca de 50 mil pessoas passaram pelo campus Viçosa durante os sete dias da 93ª Semana do Fazendeiro para as diversas atividades realizadas e abertas a todos os públicos, como minifazenda, projeto da Ludoteca, exposição de antigomobilismo, circuitos aos museus e espaços de ciência da Universidade e variados shows. Concomitantemente ao evento, ocorreram ainda a 14ª Troca de Saberes, a 14ª Semana da Juventude Rural, a 10ª Semana da Mulher Rural, o Iº Encontro dos Produtores de Leite e o 7º Torneio Leiteiro, em que, pela primeira vez, a vaca campeã de todas as categorias foi de um produtor familiar, confirmando que o conhecimento obtido durante a Semana do Fazendeiro pode criar oportunidades, como destacou Ambrósio.
O pró-reitor ainda ressaltou que a 93ª edição do evento teve entre seus pilares a sustentabilidade, representada mais uma vez pelo Programa Carbono Zero, que realizou a quantificação e, posteriormente, fará a neutralização dos gases do efeito estufa emitidos durante a semana, com o plantio de árvores, além de orientar os produtores rurais sobre ações para neutralizar a emissão em suas propriedades. Outro projeto de destaque foi o Lixo Zero, por meio do qual mais de 90% do resíduos gerados pelo evento foram desviados dos aterros sanitários e encaminhados para reciclagem, compostagem e reúso.
Fonte: UFV
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