Presídio de Viçosa não registrou nenhum caso de Covid-19

Viçosa é a única cidade da região a não registrar contaminações pelo coronavírus no presídio

Presídio de Viçosa não registrou nenhum caso de Covid-19

Desde o início da pandemia do novo Coronavírus, nenhum detento foi contaminado pela Covid-19 no presídio de Viçosa. A cidade é a única na Zona da Mata e Campo das Vertentes com zero casos da doença em uma unidade prisional. Seis presídios registraram, ao todo, 136 casos de Covid-19 em detentos desde o início da pandemia.

O levantamento foi feito pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), e concedido ao Folha da Mata. Os dados são de março de 2020 até a última terça, 9.

De acordo com o levantamento, o presídio de Ubá foi o que mais registrou casos confirmados da doença. Foram 86 no total. A penitenciária de Matias Barbosa vem na sequência, com 22 casos. Ponte Nova ficou em terceiro lugar na lista, com 13 contaminados. Juiz de Fora teve 6, sendo que um evoluiu a óbito no ano passado. O presídio de Cataguases teve 4; Muriaé, 3 e Barbacena, 2 casos.

VISITAS

Desde setembro do ano passado, a Sejusp realiza a retomada gradual das visitas presenciais nos presídios de Minas Gerais que foram suspensas por causa da pandemia do novo Coronavírus. A medida segue o "Minas Consciente". Segundo a pasta, somente nas macrorregiões de Onda Verde e Amarela podem ocorrer a visitação, com diferenças nos protocolos de duração das visitas.

A situação nos presídios é atualizada nas quintas-feiras e podem mudar de acordo com a semana e decisões do Estado. Atualmente, as unidades de Juiz de Fora, Barbacena, Muriaé, Cataguases, Ubá e Matias Barbosa podem receber visitas. Já em Viçosa e Ponte Nova, localizadas na macrorregião Leste do Sul, que prossegue na Onda Vermelha atualmente, as visitas continuam suspensas.

TRIAGEM

Durante a pandemia, a Sejusp adotou um modelo para diminuir a contaminação da Covid-19 nos presídios. Foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entradas para novos custodiados.

Todas as pessoas presas no Estado são encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação. Os detidos na região de Viçosa, por exemplo, têm como referência o presídio de Eugenópolis, há 82 km.