PMV e Ameviçosa celebram acordo para recuperação do Parque do Cristo
O Município de Viçosa e a Associação dos Moradores e Amigos Viçosa (Ameviçosa) celebraram, na manhã da última sexta-feira, 4, um acordo visando recuperação do Parque do Cristo Redentor, unidade de conservação ambiental implementada em Viçosa pela lei nº 1.450/2001.
O acordo resulta de ação civil pública contra o abandono do parque proposta na administração do então prefeito Celito Sari.
Presentes ao ato de assinatura do acordo os advogados Leonardo Rezende e Judylleno Hott Filgueiras, da Ameviçosa; os procuradores municipais Henrique Barbosa Mendes e Marcelo Maranhão Simões; a chefe do Departamento de Extensão e Meio Ambiente de Viçosa, Izabel Arrighi de Araújo Neves; e a Arquiteta do Instituto do Planejamento Municipal (Iplam), Lutércia Maria de Oliveira. Nos termos do acordo, entre outros pontos, está a previsão de elaboração do Plano de Manejo do Parque e sua total efetivação pelo Município de Viçosa, com recursos do Fundo Municipal do Meio Ambiente.
A homologação do acordo, será feita pela Juíza da 1ª Vara Cível da Comarca de Viçosa. Após, será encaminhada proposta ao CODEMA para início dos trabalhos de elaboração do Plano de Manejo.
A assinatura deste acordo foi o primeiro e importante passo para a concretização de um sonho da cidade: ver o Parque do Cristo Redentor completamente apto a receber visitação e se tornar um ponto turístico da cidade, com segurança adequada e equipamentos urbanos que atendam aos visitantes.
Para o Procurador Geral do Município, Marcelo Maranhão, "este acordo com a AMEViçosa, viabilizado através do empenho do Dr. Leonardo Rezende, é a parceria que faltava para a efetivação das medidas de recuperação do Parque do Cristo. Todos os viçosenses e as cidades da nossa região terão um espaço adequado para lazer e convívio direto e seguro com a natureza".
As medidas do acordo entrarão em vigor após a homologação pela Justiça.
Projeto parado desde 2009
Os trabalhos para implantação de um projeto de parque turístico no entorno da estátua do Cristo Redentor, na área do antigo Colégio de Viçosa, chegaram a ser iniciados em 2009, por determinação do prefeito Celito Francisco Sari, em abril de 2009. A Construtora Viçosense Ltda, vencedora da licitação para execução das obras, realizou os trabalhos de terraplanagem e colocação de tapumes ao redor da estátua do Cristo. Os empreiteiros da firma contratada, Antônio José da Silva (Toninho) e Emerson de Souza Silva, afirmaram que toda a estrutura contratada seria entregue no prazo previsto de seis meses.
A obra, com previsão de investimento da ordem de R$ 292 ml previa a implantação de atendimento ao público com lanchonete, quiosque de convivência, sanitários, campo de futebol soçaite, salas de depósito, administração, guarita, posto policial, além de portões de acesso à pedestres, entradas principal e secundárias. Incluía também a construção de um parquinho de diversões com torre e escorregador, malha e balanço, zangaburrinho duplo júnior e grama batatais.
Já o Projeto Técnico de Reconstituição da Flora (PTRF), previa o plantio de árvores nativas em toda a extensão do Parque. O então secretário de Meio Ambiente de Viçosa, Luiz Eugênio de Moura, disse na época que a responsabilidade pelo plantio das nativas seria de responsabilidade da UniViçosa, em atendimento a um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Mas o projeto não teve sequência e o entorno do monumento ao Cristo tornou-se ponto de toda sorte de marginalidade. As instalações se encontram praticamente destruídas. E certamente sua reconstrução terá que ser muito bem avaliada pelo poder público, se mantidas as propostas iniciais do projeto.
Autoridades que assinaram o acordo
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