COP16 cria novo órgão para atender povos indígenas e quilombolas

Medida abre espaço para que povos tradicionais participem de decisões políticas sobre a biodiversidade

COP16 cria novo órgão para atender povos indígenas e quilombolas
Divulgação/Agência Brasil

Cerca de 7.638 quilombolas da região serão beneficiados a partir da participação de povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais na estrutura de negociação da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) da Organização das Nações Unidas. A medida inédita foi decidida durante a COP16, Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, evento internacional para garantias de ações sustentáveis ao planeta, que ocorre em Cali, na Colômbia.

Quase 200 países apoiam a criação de um novo órgão subsidiário global com poder de aconselhamento em processos de decisão a respeito da biodiversidade, que é integralmente ligada aos povos tradicionais.

Vale lembrar que, em mesmo evento, foi lançado o programa “Quilombo das Américas”, que reforça o apoio à proteção fundiária, à conservação da biodiversidade e, ainda, incentiva a implementação de sistemas agrícolas tradicionais.

Tanto o novo órgão quanto o programa podem beneficiar mais de 2,5 mil quilombolas na microrregião e cinco comunidades em Viçosa. A iniciativa foi uma ação entre Brasil e Colômbia e será responsável por abranger o espaço de articulação entre as populações, auxiliando na luta pela preservação das culturas