Agosto apresenta queda da inflação em Viçosa 

No mês de agosto, o IPC-Viçosa registrou inflação de 0,12%, indicando diminuição no comportamento médio dos preços ao consumidor de 0,32 ponto percentual na comparação com o mês anterior. Desconsiderando a deflação observada em maio de 2024, a inflação do mês de agosto foi a menor do ano. O índice é calculado pelo Departamento de Economia da Universidade Federal de Viçosa (UFV). 

A análise por grupos do IPC-Viçosa revela que cinco dos sete grupos apresentaram variações positivas e dois apresentaram variações negativas em agosto: Artigos de Residência (2,61%); Transporte e Comunicação (1,22%); Saúde e Cuidados Pessoais (0,24%); Educação e Despesas Pessoais (0,22%) e Vestuário (0,04%) tiveram aumento, enquanto Habitação (-0,03%); e Alimentação (-0,98%) registraram queda.

Segundo o índice, o maior impacto positivo na inflação foi decorrente da alta média de preços no grupo Transporte e Comunicação, ao passo que a redução média de preços dentro do grupo Alimentação foi importante para suavizar o impacto positivo dos demais grupos.

No grupo Transporte e Comunicação, as elevações médias nos preços do Álcool (3,36%) e da Gasolina (2,83%) ainda são o reflexo da elevação no preço dos combustíveis, decorrente do anúncio da Petrobras no dia 8 de julho referente ao aumento no preço da gasolina para as distribuidoras. Já no grupo Alimentação, de maneira geral, continua o impacto positivo na oferta dos produtos in natura decorrente das safras de inverno.

Quanto à cesta básica, seu custo recuou 6,01%, com destaque para a queda de preço dos produtos Tomate (-32,27%) e Batata inglesa (-24,89%). A temperatura mais elevada do que o normal no inverno fez o fruto amadurecer mais rápido, elevando a sua oferta e reduzindo, consequentemente, o seu preço. Quanto ao tubérculo, o avanço da colheita aumentou a sua oferta e, por conseguinte, reduziu o seu preço para o consumidor final.

Em termos de valor, a cesta básica em Viçosa custou R$ 502,69, ou seja, R$ 32,15 mais barata em comparação a julho, cujo custo havia sido de R$ 534,84.

Na prática, um trabalhador viçosense que ganhou um salário-mínimo de R$ 1.412 em agosto gastou 35,60% de sua renda para adquirir os produtos que compõem a cesta básica de alimentação, em comparação a 37,88% em julho. Dessa forma, em agosto, após a aquisição da cesta básica, restou ao trabalhador R$ 909,31 para atender às demais despesas de moradia, saúde e higiene, serviços pessoais, vestuário e transporte.