Viação União quer aumentar passagem para R$ 3 em Viçosa

A Viação União, empresa responsável pelo transporte coletivo urbano de Viçosa, anunciou que a partir do próximo sábado, dia 01 de janeiro de 2022, a passagem de ônibus no município ficará mais cara. O reajuste da tarifa será de 0,25 centavos e passaria a custar R$ 3.

A empresa publicou o comunicado nas redes sociais, explicando que o reajuste está em conformidade com o previsto no decreto municipal nº 5.596/2020, assinado no final do ano passado.

DECRETO MUNICIPAL

O decreto em questão seguia as determinações estaduais em relação ao estado de calamidade, provocado pela pandemia de Covid-19. O documento estadual tem vigência até o dia 31 de dezembro de 2021. Até este período estavam impedidos reajustes na tarifa de ônibus. Com o fim do prazo, a empresa pode, enfim, concretizar o reajuste.

Mas, na tarde desta quinta-feira, horas após o anúncio do reajuste feito pela Viação União, o prefeito de Viçosa, Raimundo Nonato Cardoso (PSD), assinou um novo decreto em que prorroga o prazo de calamidade em função da pandemia até o dia 30 de março de 2022.

A prefeitura defende que, mesmo com o avanço da vacinação, novas variantes do vírus ainda ameaçam e “obrigam o município a manter as ações de combate ao coronavírus”. O Executivo municipal irá comunicar à Assembleia Legislativa de Minas Gerais sobre a decisão, conforme previsto em lei.

VALE OU NÃO VALE?

Ainda não se sabe, entretanto, se a nova tarifa perderá ou não a validade. Ao Folha da Mata, a Viação União diz que está baseada no fim do prazo do estado de calamidade anunciado pelo Governo de Minas Gerais, que ainda não teve sinais de que será prorrogado. Já o decreto assinado pelo prefeito diz respeito à situação em âmbito municipal.

Ainda segundo a empresa, o novo valor de R$ 3 já estava previsto desde 2020, após negociações com o Executivo. O representante da Viação União, Sérgio Cordeiro Júnior, explicou que o aumento da tarifa é necessário para recompor o caixa da empresa, defasado em função da drástica queda de receita provocada pela pandemia. Além disso, defendeu que o valor que poderá ser cobrado ainda é insuficiente para cobrir os consecutivos aumentos de preços em 2021, principalmente de combustíveis.

*matéria atualizada em 30/12, às 16h22