UFV realiza 1º Congresso de Saúde Mental

Programação continua nesta sexta-feira (24)

UFV realiza 1º Congresso de Saúde Mental

O I Congresso de Saúde Mental da Universidade Federal de Viçosa (UFV) despertou a atenção de mais de 400 inscritos de toda a comunidade universitária. Ele foi aberto, na noite de quarta-feira (22), com uma palestra sobre estratégias para o bem-estar acadêmico e profissional. Até sexta-feira (24), o evento reunirá especialistas, pesquisadores, profissionais da área da saúde, estudantes e outras pessoas interessadas no tema para discutir assuntos relacionados à saúde mental. As palestras estão sendo transmitidas ao vivo para todos os campi e ficarão disponíveis no canal da UFV no YouTube.

Os objetivos do Congresso são promover a disseminação de conhecimento, compartilhar experiências e apresentar pesquisas, além de discutir questões emergentes na área da saúde mental. A abordagem do tema, segundo a vice-reitora Rejane Nascentes, que preside a Comissão de Saúde Mental da Universidade, é urgente e necessária. Durante a cerimônia de abertura, ela lembrou que problemas, como depressão e ansiedade, têm sido cada vez mais comuns e afetam toda a comunidade universitária, provocando sofrimento, afastamento de atividades e dificuldades em relacionamentos e no desempenho acadêmico.

“É um enorme desafio encontrar caminhos para lidar com a saúde mental, sobretudo neste período de pós-pandemia. Precisamos pensar juntos em como lidar com as pessoas que sofrem. Este evento é uma amostra de que estamos buscando soluções”, disse a vice-reitora, ao afirmar que espera que o Congresso seja anual a partir de agora. Também participaram da cerimônia de abertura o pró-reitor de Assuntos Comunitários, Bruno David Henriques; o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Luiz Antônio Abrantes; o diretor do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, João Marcos de Araújo, e professores do Departamento de Medicina e Enfermagem.

Cuidando da Saúde Mental: estratégias para o bem-estar acadêmico e profissional

Na palestra de abertura, a psicóloga e especialista em Gestão Pública e Saúde Ana Cláudia Almeida lembrou que este é um desafio para todas as universidades. Segundo a Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), 80% dos estudantes universitários brasileiros apresentam ou já tiveram problemas de saúde mental. No mundo, a questão afeta 322 milhões de pessoas. Já no Brasil, 8 em cada 10 pessoas com estes problemas não têm acesso a tratamento.

Segundo Ana Cláudia, é preciso retirar estigmas e preconceitos para enfrentar o tema como um problema de saúde pública. Ela abordou as causas ligadas à violação de direitos humanos que interferem na saúde mental, como racismo, homofobia e outras condições de vulnerabilidade socioeconômica. Falou ainda sobre a importância do trabalho em rede da UFV com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do município de Viçosa.

O I Congresso de Saúde Mental faz parte do trabalho de conclusão do mestrado profissional do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da servidora Leila Aparecida de Souza Oliveira.

 

Fonte: UFV