UFV auxilia em recuperação de espécies vegetais de Brumadinho
Fruto de uma parceria entre a UFV e a Vale, técnica está sendo utilizada pela primeira vez no Brasil
Após o rompimento da Barragem B1 em Brumadinho (MG), a vegetação da localidade ficou comprometida, e devido aos impactos colaboradores estão desenvolvendo tecnologias para amenizar os danos ambientais. Dentre eles, pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV) sob a gestão da Sociedade de Investigações Florestais (SIF), elaboraram uma técnica que resgata o DNA e cria cópias das plantas da região.
Segundo a UFV, o projeto “Resgate de DNA e indução de florescimento precoce em espécies florestais nativas da região de Brumadinho” é considerado pelos especialistas da UFV como um marco para a conservação genética de plantas e reflorestamento de espécies em extinção. Assim, mudas que poderiam levar mais de oito anos para florescer, devem iniciar esse processo entre seis e 12 meses. A previsão é de que as mudas comecem a serem plantadas na área impactada nos primeiros meses de 2021.
De acordo com os pesquisadores, foram recolhidos materiais genéticos de 10 plantas, de cinco espécies diferentes, incluindo aquelas que estão ameaçadas de extinção e protegidas por lei. “Resgatamos o DNA de espécies importantes para na estrutura das florestas da região, como jacarandá caviúna, ipê amarelo, braúna e jequitibá. Também estamos produzindo cópias das plantas para garantir que a constituição genética de cada uma não seja perdida”, explica o professor do Departamento de Engenharia Florestal da UFV, Gleison dos Santos.
Conforme dito pelo reitor da UFV, professor Demetrius David Silva, a tecnologia utilizada é patenteada pela Universidade e que está a serviço de outras empresas e setores da sociedade. Ele acrescentou que trabalhos como esse ajudam a universidade mostrar sua capacidade de inovar e fazer diferença para a sociedade brasileira, tanto do ponto de vista ambientalquanto ao atendimento às demandas do setor produtivo.
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