Trabalho informal cresce em Viçosa
O número de pessoas que trabalham por conta própria ou têm ocupações sem carteira assinada vem aumentando em Viçosa em relação àquelas que têm um emprego formal.
O avanço do trabalho nessas condições mostra o crescimento da informalidade na economia. O chamado “por conta própria” é uma categoria que inclui profissionais autônomos, como advogados e dentistas, mas também trabalhadores informais, como os vendedores ambulantes e donos de carrinhos de cachorro quente, churrasquinho e churros.
Nas avenidas Marechal Humberto Castello Branco e Maria de Paula Sant’Ana o número de carrinhos de churrasquinho ambulante cresceu assustadoramente nos últimos anos. A prática é estendida a outros bairros e até mesmo na área central onde são encontrados carrinhos de cachorro quente, churros, pastel, caldo de cana, além das bancas de frutas e verduras.
O ano de 2017 foi marcado por uma leve recuperação da economia e pela redução do número de desempregados, que no Brasil chegou a somar 14,176 milhões de pessoas em março. Este número caiu para 12,3 milhões em dezembro, de acordo com dados do IBGE. Em dezembro de 2017, o país tinha 1,67 milhão de pessoas a mais trabalhando por conta própria ou contratado sem carteira.
De acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados), os setores da economia em Viçosa geraram 237 postos de trabalho formais de janeiro a junho de 2018. Em 2017, no mesmo período, o município fechou 57 postos de trabalho.
Além de quem trabalha sem carteira, também contribuiu para o aumento da informalidade a quantidade de pessoas que trabalham por conta própria. No final de 2012, o trabalho por conta própria envolvia 20,61 milhões de pessoas no país. Em 2017, este número passou para 22,7 milhões - ou 25% do total de trabalhadores, de acordo com o IBGE.
Também de acordo com o Caged, o setor do comércio em Viçosa fechou 44 postos de trabalho em 2018. Em 2017 o setor apontou o fechamento de 95 postos de trabalho até o mês de junho.
Já em relação ao comércio varejista, em Viçosa foram fechados 27 postos de trabalho nesse ano. Outros 17 postos de trabalho foram fechados nas empresas que trabalham com o comércio por atacado.
Os segmentos com maiores destaques negativos foram: supermercados, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (33 fechamentos) e tecidos, vestuário e calçados com 32 postos de trabalho fechados.
Os segmentos que apresentaram maior geração de emprego no período foram os automóveis e motocicletas, partes e peças (22 postos) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com saldo positivo de 20 postos no período de janeiro a junho de 2018.
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