Reflexo da greve: bancos reiniciam atendimento com longas filas

Reflexo da greve: bancos reiniciam atendimento com longas filas

A greve dos bancários, encerrada no último dia 7, trouxe ganhos para a categoria e muitos transtornos para os usuários.
Na sexta-feira, 7, o que se viu em todas as agências de Viçosa foram filas intermináveis e poucos funcionários para dar o suporte necessário, principalmente nos caixas de auto-atendimento.
No Banco do Brasil, por exemplo, no espaço reservado aos caixas eletrônicos, a fila dava volta e mais volta e, apesar das reclamações, a direção da agência pouca coisa fez para amenizar a situação.
No Banco Mercantil do Brasil os aposentados e pensionistas tiveram de ficar horas na fila, do lado de fora da agência, sob o sol do fim da manhã também da sexta-feira, 7. Aliás, essa é a rotina deles em toda época de recebimento de seus benefícios. Entra mês e sai mês e nada é feito para melhorar este precário atendimento.
Mesma situação viveram os correntistas dos Bancos Itaú e Bradesco e da Caixa Econômica Federal. O excesso de gente para ser atendida, o acúmulo de serviços por causa dos 31 dias parados e a escassez de funcionários contribuíram para o agravamento do caos.
Em Viçosa, a Lei 2.019/2010 determina que o atendimento a clientes nas agências bancárias, postos de atendimento ou unidades congêneres deva ser feito em até 30 minutos na véspera ou imediatamente após feriados prolongados e nos dias de recolhimento de tributos municipais, estaduais e federais. Em dias normais a mesma legislação reza que os atendimentos em caixas não podem ultrapassar aos 15 minutos.
Apesar da citada lei determinar a punição pecuniária ao infrator, que varia de 250 a 1000 UFM (Unidade Fiscal do Município), nenhum banco cumpre essa determinação e não há registro da aplicação da punição conforme manda a lei.

Fim da greve - De acordo com o Sindicato dos Bancários de Ponte Nova e Região, a categoria aceitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), de reajuste salarial de 8% e mais R$ 3.500,00 de abono. A proposta prevê ainda o aumento de 15% no vale alimentação e de 10% no auxílio creche.
Para 2017, a proposta prevê reajuste de reposição da inflação (INPC) mais 1% de aumento real para os salários.