Raízes viçosenses na telinha da Globo

Raízes viçosenses na telinha da Globo

A comunidade da Rua Nova recebe durante o período de festas parentes que deixaram Viçosa, partindo para vários lugares do Brasil. Uma das visitas já cativas é da nativa Vera Lúcia de Castro que foi pro Rio de Janeiro onde se casou com Leônidas Antônio dos Santos, e anualmente vem acompanhados dos filhos Luéllem e Leandro que ficam na casa da querida mãe/vó, dona Aparecida de Castro.
Na bagagem, a família trouxe mais uma novidade da exitosa carreira que Luéllem de Castro vem construindo, ao longo de seus 22 anos. Atriz e cantora, Luéllem de Castro estará na próxima temporada da Malhação – “Vidas Brasileiras”, transmitida pela Rede Globo de Televisão.
Esse não será seu primeiro trabalho na Globo, em 2014, participou em Malhação. Mas, em entrevista ao colaborador da rádio quintal 106,3 FM Rômulo Marcolino, ela expôs sua satisfação. “Eu estou muito feliz. Malhação alcança um público muito grande. E é um público que me interessa muito, porque gosto de conversar com adolescentes”, afirma.
Desde cedo, Luéllem já sabia que queria ser atriz. Aos 7 anos, ela foi escalada para o filme “No meio da rua”, de Antônio Carlos da Fontoura: “Estava estudando e acordava às 4 da manhã para chegar ao Vidigal. Era a maior confusão. Quando eu passei no teste, disse para minha mãe que não queria fazer o filme. Mas, no final das gravações, descobri que era exatamente isso que queria fazer”, contou Luéllem em entrevista ao G1.
Daí em diante ela vem construindo um currículo vasto no mundo da arte, em que constam experiências em malhação 2014/2015, na novela Vidas Opostas, da Rede Record, além de programas e séries da Globo como em Os Caras de Pau, no Especial de Fim de Ano da Globo, sendo ainda locutora no Canal Futura.
Com passagem no Teatro, atuou 05 em espetáculos de dança. No cinema além de No Meia da Rua compôs o elenco dos filmes: O Cavaleiro Didi e a Princesa Lili (Renato Aragão) e Verônica.
De acordo com Marcolino, a jovem atriz mostra maturidade, enfatiza que nem só de glamour vive o artista: “De jeito nenhum. Para ter glamour sendo artista, tem que ter uma carreira prolongada. Na verdade, esse glamour está mais relacionado com o tipo de vida que você tinha antes. Porque se você já era uma pessoa com uma condição de vida financeira bacana antes, esse glamour vem fácil. Que já até natural da sua vida. Eu sou criada em favela, esse glamour não existe. É um trabalho. Acho importante falar sobre esse assunto. As pessoas precisam parar de glamourizar o artista. O artista é um trabalhador, como qualquer outro? o médico, professor, gari. Esse tipo de glamourização da arte distancia as pessoas e faz com que as pessoas de onde eu vim, pessoas pobres, pessoas pretas, achem que isso não é para elas, porque parece algo muito distante, que precisa de muita grana. Não. É só um trabalho.”