Ministério Público move ação em desfavor a casal que tomou três doses de vacina contra Covid
Os investigados residem em Belo Horizonte e poderão pagar até R$2 milhões de reparação
Através de denúncia anônima ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), um casal de Belo Horizonte está sendo investigado por receber três doses da vacina contra Covid-19 no Estado. Eles tomaram as duas doses de Coronavac na capital mineira, e tem uma casa em Rio Novo, município da Zona da Mata com pouco mais de 8,7 mil habitantes, em que foram vacinados com a dose da Pfizer.
A Justiça já concedeu antecipação de tutela para impedir que eles tomem a segunda dose da Pfizer ou a primeira de algum outro imunizante, sob pena de multa de R$ 1 milhão. Em acréscimo, o MPMG solicitou também o pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo e R$ 500 mil por dano social a cada um dos demandados devido à gravidade da conduta.
O órgão divulgou a medida nesta segunda-feira,12, e informou que a Justiça mineira concedeu antecipação de tutela para que os dois não tomem a segunda dose da vacina norte-americana, ou quaisquer outros imunizantes contra a doença. A pena em caso de descumprimento foi fixada em R$ 1 milhão. Além disso, o MPMG pede ao Judiciário que seja imposto pagamento de R$ 500 mil por dano moral coletivo e R$ 500 mil por dano social para cada um dos denunciados.
"Tal conduta por parte dos demandados poderá comprometer o Plano Municipal de Vacinação, com indivíduos já vacinados desviando doses que deveriam ser direcionadas ao restante da população ainda não agraciada pelo imunobiológico", afirmou o MPMG em nota à imprensa.
A promotora de Justiça titular Silvana Silvia Fialho Dalpra defendeu, no texto, que "a investigação sobre a revacinação começou após denúncia anônima à Ouvidoria do MPMG”. Foi aberto “um procedimento administrativo para investigar o caso e o cruzamento de dados das secretarias municipais de Saúde de Belo Horizonte e Rio Novo permitiu comprovar a revacinação de forma fraudulenta e torpe, em manifesto prejuízo à coletividade de Rio Novo”. O casal ainda corre risco de receber pena de restrição de liberdade por crime de estelionato.
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