Lira Santa Rita tem mais de 20 instrumentos reformados

“É uma tradição, mais do que centenária e que a gente tem conseguido manter com pessoas de várias faixas etárias”, diz a presidente da Corporação Musical Lira Santa Rita, Patrícia Matias de Oliveira, sobre a entidade. Recentemente, 24 instrumentos da banda foram enviados para reforma, o que segundo a presidente, permite a continuidade das atividades da corporação.
Clarinetes, trombones, saxofones, tuba, bombardino e requinta receberam nova lubrificação e limpeza, além de revisão, conserto e restauração dos instrumentos. Segundo a Prefeitura de Viçosa, foram investidos R$7.745,00, recurso do Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural (Fumpac).
Atualmente a corporação possui 27 músicos de várias idades. “Nós temos um senhor aqui que tem 83 anos e é saxofonista. Ele tem mais idade de saxofonista do que eu de idade!”, observa Patrícia. “Temos também integrantes que têm dez anos”, completa. A Lira também oferece aulas para 15 alunos, que aprendem a arte da música com os instrumentos da banda.

A LIRA
Um pouco da história da corporação se perdeu ao longo dos anos. Segundo Patrícia, isso é uma consequência da própria forma como as liras lidam com a memória. “Quase não se consegue achar as histórias das bandas escritas, porque elas são passadas de geração para geração no boca a boca, contada” disse.
Na Lira Santa Rita não é diferente. A presidente conta que a idade da corporação não é certa. “Pelo o que a gente sabe de história contada, ela tem mais de cem anos. Nós achamos uma partitura aqui de 1889, só que a única coisa que a gente tem é uma foto de 1922, então a gente considera a data de início dela como sendo 1922”.
Se os anos de existência não são certeza, não restam dúvidas da importância que a Lira Santa Rita carrega ao longo de todo esse tempo. “É uma banda que atravessou gerações e famílias, como a Santana e a Fontes, com Nonô Fontes. É uma parte da história de Viçosa, porque ela surgiu como Lira Santa Rita do Turvo”, lembra a presidente.