Homem preso na Jacob Lopes de Castro após briga
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Uma briga envolvendo um motoboy e dois homens (pai e filho) assustou quem passava próximo ao Hospital São João Batista, por volta das 23 horas de quarta-feira (08).
Policiais militares foram acionados e no local abordaram o motoboy de 22 anos, que disse que havia se desentendido com um homem de 24 anos, após cobrar dele uma dívida de trabalho no valor de R$ 300. Eles começaram a discutir e acabaram entrando em luta, quando o homem de 24 anos jogou spray de pimenta em seus olhos.
Ele contou que ficou temporariamente sem enxergar e caminhou para o hospital, quando o pai do homem de 24 anos chegou ao local em seu carro e atropelou a moto do motoboy, a arrastando por cerca de 150 metros.
Ele ainda arrastou a moto de volta ao local onde ela estava, danificando o veículo.
O pai do homem desceu do veículo com um porrete e golpeou o motoboy nas pernas, braços e cabeça, lhe causando intenso sangramento.
Ele acabou sendo preso e conduzido para a Delegacia de Polícia, de onde seguiu para o Presídio de Viçosa.
FIANÇA
No dia seguinte, a Justiça acatou pedido do Ministério Público pela homologação da prisão em flagrante e aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.
Em seu despacho, o juiz arbitrou fiança de R$ 5 mil, que inicialmente não foi paga pelo acusado.
Na decisão consta que o custodiado foi preso após ter colidido, propositalmente, com seu veículo contra a motocicleta da vítima e ter a agredido com um bastão de madeira.
Segundo narrado, a motivação foi um atrito ocorrido momentos antes entre seu filho e a vítima.
Por ocasião dos fatos, o custodiado admitiu ter usado seu carro para “arrastar a motocicleta” da vítima. Declarou, ainda, que interveio na briga para ajudar seu filho, utilizando um pedaço de pau.
Sob tal prisma, observo que, na espécie, a regularidade da prisão em flagrante do custodiado e a lesividade própria das condutas descritas no APF demonstram a adequação da medida de apreensão adotada.
De outra parte, não vislumbro a existência dos pressupostos para a decretação da prisão preventiva na hipótese, notadamente porque não é possível presumir a ineficácia das medidas cautelares.
Dos elementos de informação contido nos autos não é possível presumir a existência de risco decorrente da liberdade do custodiado.
“A meu sentir, não há nos elementos de prova trazidos junto com o APFD substrato fático suficiente para concluir que o investigado, uma vez colocado em liberdade, poderia atentar contra a ordem pública, mediante a reiteração delitiva. Afinal, a FAC do custodiado demonstra ser tecnicamente primário”, ponderou o magistrado.
Além do pagamento da fiança, o juiz determinou que homem não pode se aproximar da vítima nem manter contato com ela.
Mediante ao não pagamento, a Justiça reduziu o valor da fiança pela metade.
Ela foi paga no dia 14, quando ele ganhou liberdade para responder ao processo.
Assista o vídeo:
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