Câmara deverá ouvir PMV sobre perda de casas populares

Falta de terreno foi causa de cancelamento de projeto

Câmara deverá ouvir PMV sobre perda de casas populares
Vários moradores da periferia de Viçosa continuam sem entender o porquê de as novas 720 casas populares não terem sido construídas em Viçosa em 2014. 
Pessoas envolvidas no processo, que pediram para não serem identificadas, informaram ao Folha da Mata que o motivo do adiamento seria porque a Construtora Cherém, de Lavras (MG) não teria adquirido o terreno onde seriam construídas as moradias populares. Ainda segundo as mesmas fontes, este requisito é um dos primeiros a serem cumpridos na apresentação do projeto na Caixa Econômica Federal.
Outra construtora, a JSC, de Viçosa, havia apresentado projeto para construir pouco mais de uma centena de casas nos Nobres, em área já urbanizada (outra exigência da Caixa para liberação do projeto). Acontece que a Prefeitura de Viçosa é quem acolhe o projeto e, em ofício enviado a Superintendência da Caixa Econômica Federal em Juiz de Fora, o prefeito optou pela construção das 720 casas pela Construtora Cherém, o que impediu que a JSC levasse seu projeto adiante.
A Cherém então passou a negociar a compra de um terreno nas proximidades da Coelha, o que ainda não ocorreu por que a área não é urbanizada. O local necessita de investimentos, tais como construção de cerca de mil metros de asfalto e de uma ponte de concreto, além de outras benfeitorias tais como iluminação pública, rede de água e esgoto, dentre outros. A construtora então partiu para o plano B, e negociou com a JSC a compra do terreno já urbanizado, nas Posses, o que não foi sacramentado por falta de pagamento do valor acordado. 
O vereador Idelmino Ronivon da Silva (PCdoB) por várias vezes denunciou um possível tráfico de influência por parte Victor Sari Neto, o Tito, filho do prefeito Celito Sari e articulador em Viçosa da campanha de Fábio Cherém (Proprietário da Construtora Cherem e candidato a deputado estadual).
Idelmino informou aos seus pares que se frustrou a possibilidade de Viçosa ser contemplada com a construção das 720 casas do Minha Casa, Minha Vida. Segundo o edil, a perda de casas populares é simplesmente por que o prefeito Celito Francisco Sari (PR) só batalhou pela sua construção pela Cherém Engenharia, empresa que, por sua vez, não teve o projeto para a construção das casas aprovado pela CEF.
 
Na foto: Fábio Cherém, candidato a deputado estadual e seu assessor em Viçosa, Victor Sari Neto, o Tito.
Ao fundo, casas do Minha Casa Minha Vida, nas Coelhas